São Paulo, domingo, 7 de junho de 1998

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Amigos duelam na final masculina

FERNANDA PAPA
da Reportagem Local

Nem Carlos Moyá, 21, nem Alex Corretja, 24, poderão contar com algum elemento surpresa para tentar conquistar hoje o título do Aberto da França, em Roland Garros, Paris.
Companheiros de treinos, de Copas Davis e amigos fora das quadras, os dois espanhóis, respectivamente 12º e 14º do ranking mundial, apostam que quem tiver mais domínio dos nervos hoje deve vencer o confronto.
O campeão receberá cerca de US$ 540 mil mais 750 pontos para o ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), sem contar os pontos de bônus.
É a quarta vez que Moyá, nascido em Palma de Mallorca, e Corretja, de Barcelona, enfrentam-se em partidas oficiais, todas em quadras de saibro.
O catalão tem duas vitórias, mas perdeu na última vez que jogou contra Moyá, em abril, nas quartas-de-final do Super 9 de Monte Carlo. Moyá acabou conquistando o título do torneio.
Embora não admita, Moyá leva ligeira vantagem no jogo de hoje, por, pelo menos, um bom motivo: eliminou da competição o chileno Marcelo Ríos, 22, favorito ao título e tenista que mais venceu jogos no ano, até o momento.
"Não sou especialista em saibro, mas venho sentindo uma coisa muito boa para mim neste torneio", afirmou Moyá.
"E em final de Grand Slam você faz de tudo. Até pisa no outro, mesmo se ele for seu amigo", continuou o tenista, que tem a experiência da final do Aberto da Austrália, em 97, quando perdeu para Pete Sampras, dos EUA.
"Vai ser complicado enfrentar o Corretja por conhecermos tão bem o jogo um do outro. É difícil, nessa situação, conseguir surpreender o cara", disse Moyá.
Para Corretja, o fato de os dois amigos estarem na final do torneio mais importante do mundo em quadras de saibro já é motivo para comemoração e prova da força que tem a escola espanhola.
Dos 19 tenistas daquele país que entraram na chave principal do Aberto da França, três ficaram entre os quatro melhores do torneio -Felix Mantilla perdeu na semifinal para Moyá.
"É claro que vou fazer de tudo para ganhar. Mas, depois do jogo, a luta fica na quadra e nós vamos festejar esse grande resultado para o tênis espanhol", afirmou Corretja, sempre diplomático e não por acaso presidente do conselho de jogadores da ATP.
Com dois de seus tenistas na final, a Espanha terá, a partir de amanhã, seu quarto campeão no Aberto da França.
Manolo Santana, atual capitão da Copa Davis, conquistou os títulos do torneio em 61 e 64, Andrés Gimeno levantou o troféu em 72, e Sergi Bruguera chegou ao bicampeonato com os títulos de 93 e 94. (FeP)
NA TV - Alex Corretja x Carlos Moyá, às 10h, ao vivo, na Manchete



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