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Amigos duelam na final masculina
FERNANDA PAPA
da Reportagem Local
Nem Carlos Moyá, 21, nem Alex
Corretja, 24, poderão contar com
algum elemento surpresa para
tentar conquistar hoje o título do
Aberto da França, em Roland Garros, Paris.
Companheiros de treinos, de
Copas Davis e amigos fora das
quadras, os dois espanhóis, respectivamente 12º e 14º do ranking
mundial, apostam que quem tiver
mais domínio dos nervos hoje deve vencer o confronto.
O campeão receberá cerca de
US$ 540 mil mais 750 pontos para
o ranking da ATP (Associação dos
Tenistas Profissionais), sem contar os pontos de bônus.
É a quarta vez que Moyá, nascido em Palma de Mallorca, e Corretja, de Barcelona, enfrentam-se
em partidas oficiais, todas em
quadras de saibro.
O catalão tem duas vitórias, mas
perdeu na última vez que jogou
contra Moyá, em abril, nas quartas-de-final do Super 9 de Monte
Carlo. Moyá acabou conquistando
o título do torneio.
Embora não admita, Moyá leva
ligeira vantagem no jogo de hoje,
por, pelo menos, um bom motivo:
eliminou da competição o chileno
Marcelo Ríos, 22, favorito ao título
e tenista que mais venceu jogos no
ano, até o momento.
"Não sou especialista em saibro, mas venho sentindo uma coisa muito boa para mim neste torneio", afirmou Moyá.
"E em final de Grand Slam você faz de tudo. Até pisa no outro,
mesmo se ele for seu amigo", continuou o tenista, que tem a experiência da final do Aberto da Austrália, em 97, quando perdeu para
Pete Sampras, dos EUA.
"Vai ser complicado enfrentar
o Corretja por conhecermos tão
bem o jogo um do outro. É difícil,
nessa situação, conseguir surpreender o cara", disse Moyá.
Para Corretja, o fato de os dois
amigos estarem na final do torneio
mais importante do mundo em
quadras de saibro já é motivo para
comemoração e prova da força
que tem a escola espanhola.
Dos 19 tenistas daquele país que
entraram na chave principal do
Aberto da França, três ficaram entre os quatro melhores do torneio
-Felix Mantilla perdeu na semifinal para Moyá.
"É claro que vou fazer de tudo
para ganhar. Mas, depois do jogo,
a luta fica na quadra e nós vamos
festejar esse grande resultado para
o tênis espanhol", afirmou Corretja, sempre diplomático e não por
acaso presidente do conselho de
jogadores da ATP.
Com dois de seus tenistas na final, a Espanha terá, a partir de
amanhã, seu quarto campeão no
Aberto da França.
Manolo Santana, atual capitão
da Copa Davis, conquistou os títulos do torneio em 61 e 64, Andrés
Gimeno levantou o troféu em 72, e
Sergi Bruguera chegou ao bicampeonato com os títulos de 93 e
94.
(FeP)
NA TV - Alex Corretja x Carlos
Moyá, às 10h, ao vivo, na
Manchete
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