|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
F-1
Rivalidade entre as favoritas à conquista da Copa do Mundo provocará desavenças em equipes como a Ferrari
GP do Canadá inaugura clima de Copa na F-1
RODRIGO FRANÇA
da Reportagem Local
Além de definir melhor como será a briga do campeonato de pilotos - uma nova vitória de Mika
Hakkinen asseguraria, no mínimo, 21 pontos de vantagem sobre
o segundo colocado - o GP do
Canadá marca a chegada definitiva do "clima de Copa" na F-1.
A categoria acompanha o futebol com muito interesse e bom humor. Não poderia ser diferente
num ambiente lotado de torcedores dos principais favoritos à conquista da Copa do Mundo: alemães, ingleses, franceses, italianos, brasileiros e argentinos.
A rixa entre as nações atinge até
mesmo sólidas uniões nas pistas.
Um bom exemplo acontecerá na
estréia da Copa, quando se enfrentarão o Brasil de Rubens Barrichello e a Escócia de Jackie Stewart, dono da equipe de Rubinho.
Outra desavença nas pistas
acontecerá na Ferrari. Afinal, a
maioria italiana da equipe torcerá
contra o time daquele que é a principal esperança de vitória da Ferrari na F-1: o alemão Michael
Schumacher.
Outro piloto que estará cercado
de "inimigos" italianos é o argentino Esteban Tuero, da Minardi. Já
na francesa Prost, a situação se inverte: poucos integrantes da equipe torcerão para a Itália do piloto
Jarno Trulli.
Vitórias de Senna
Fatos curiosos da história da F-1
têm ligação direta com a Copa do
Mundo. Um dos casos, por exemplo, envolve o ex-tricampeão
mundial Ayrton Senna.
A eliminação da seleção brasileira na Copa de 86 nas quartas-de-final (empatou em 1 a 1
com a França no tempo normal e
perdeu nos pênaltis) foi responsável pela criação de uma das marcas
registradas de Senna: carregar a
bandeira nacional após cruzar a linha de chegada.
O piloto "inventou" este gesto
depois de vencer o GP de Detroit
(EUA) daquele ano, realizado horas depois da eliminação do Brasil.
Senna disse na época que queria
"levantar a moral" do povo brasileiro. Ele próprio era alvo de gozação dos mecânicos e engenheiros - a maioria franceses, já que
Senna pilotava a Lotus, com motor Renault e combustível Elf.
Na Copa de 94, a gozação atingiu
a pintura dos carros. Eddie Jordan
colocou em seus carros o placar
"Ireland 1 X 0 Italy" para comemorar a vitória da seleção de sua
pátria sobre os italianos.
O troco veio no GP seguinte.
Com a eliminação da Irlanda nas
oitavas-de-final, o italiano Giancarlo Minardi respondeu com a
inscrição "Italy: In, Ireland: Out"
(Itália: dentro, Irlanda, fora) em
seus carros.
Barrichello finalizou a brincadeira com a inscrição "Brazil
World Champion Again" em sua
Jordan, no GP da Alemanha.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|