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FUTEBOL
Treinador fica irritado com desatenção tática da equipe no empate com a Holanda, anteontem, em Salvador
Luxemburgo pede engajamento à seleção
ALEXANDRE GIMENEZ
enviado especial a Goiânia
Mais "envolvimento" com as determinações táticas. É dessa maneira que o técnico Wanderley Luxemburgo, da seleção brasileira,
espera evitar novos lapsos que
possam tirar vitórias da equipe,
como aconteceu no sábado, em
Salvador, contra a Holanda.
Depois de terminar o primeiro
tempo da partida vencendo por 2 a
0, a equipe brasileira cedeu o empate na segunda etapa. E esteve
muito próxima de perder.
"Quero meus atletas mais envolvidos com a parte tática das partidas", afirmou o treinador.
Brasil e Holanda voltam a jogar
amanhã, às 16h, no estádio Serra
Dourada, em Goiânia.
Luxemburgo referiu-se à mudança efetuada pelo técnico holandês Frank Rijkaard no intervalo da
partida. No primeiro tempo, a Holanda concentrou as suas jogadas
ofensivas pelo meio. Na segunda
etapa, Rijkaard abriu um jogador
para cada extremidade do campo,
inibindo o apoio dos laterais brasileiros e confundindo a marcação.
"O atleta precisa saber como funciona o time adversário. Você não
pode ser surpreendido com mudanças táticas durante o jogo, ainda mais uma alteração que havia
sido simulada em nossos treinos."
Para tentar corrigir as falhas, Luxemburgo vai fazer seus jogadores
assistirem o vídeo da partida.
Levantamento do Datafolha
mostra a queda da performance da
seleção brasileira no segundo tempo do jogo contra a Holanda.
Na segunda etapa, os holandeses
finalizaram dez vezes a gol, contra
seis dos brasileiros. No primeiro
tempo, a seleção teve uma performance melhor nesse quesito: dez
chutes, contra cinco do rival.
A Holanda passou 14min29s articulando jogadas em seu campo de
ataque. A seleção brasileira jogou
apenas 11min57s no território rival. No total, a Holanda teve a posse de bola por 30min43s, contra
26min46s do time de Luxemburgo.
A Holanda também foi mais dura nas faltas. No total, cometeu 30
infrações (15 em cada tempo), contra 11 dos brasileiros (apenas três
na segunda etapa).
"Nós aceitamos a marcação da
Holanda. Com isso, eles começaram a jogar em nosso campo de defesa, facilitando a marcação dos
gols", afirmou o treinador.
Luxemburgo afirmou não estar
preocupado com o baixo interesse
da população de Goiânia no amistoso da seleção. Por causa do aumento no preço dos ingressos, foram poucas as entradas vendidas
antecipadamente. "Se o jogo Brasil
x Holanda não tiver um grande
apelo, não sei que partida terá."
Dos 90 mil bilhetes disponíveis
para o jogo de anteontem na Fonte
Nova, em Salvador, apenas cerca
de 35 mil foram vendidos.
Isso significa que a FBF (Federação Bahiana de Futebol) irá arcar
com mais um prejuízo com a seleção. Em 1997, a entidade teve um
débito de R$ 500 mil com um amistoso contra o Equador, que ainda
não foi totalmente quitado.
A FBF havia estimado os custos
de organização do jogo em US$ 1
milhão -que só seria coberto com
a venda de todos os ingressos.
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