São Paulo, sexta-feira, 07 de julho de 2000


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Agora só falta evitar vexame em campo

ROBERTO DIAS
EDITOR-ASSISTENTE DE ESPORTE

Foi o chanceler alemão, Gerhard Schroeder, quem melhor definiu o espírito do país diante da vitória de ontem: "Espero que até lá (2006) tenhamos um time à altura do trabalho".
O anúncio feito em Zurique joga luz num futebol que vai mal, muito mal. A tal ponto que os jornais alemães -e até Franz Beckenbauer- festejavam ontem, ao lado da vitória, a classificação automática para a Copa, uma ironia para quem conquistou três Mundiais.
A seleção deu vexame na Euro-2000, quando não foi além da primeira fase e ainda perdeu uma invencibilidade de 34 anos diante dos ingleses em torneios de elite.
Perspectivas de melhora tampouco havia. Sem renovação, os alemães não vêem sua seleção sub-20 passar da primeira fase de um Mundial da Fifa há 13 anos (na década de 80, quando chegaram a três finais de Copa, conseguiram um título e um vice entre os juniores).
Não foi à toa que a campanha por 2006 pouco empolgou a população local.
Agora, sem grandes preocupações com a infra-estrutura, o provável é que o país dedique sua energia na formação de um time decente. Que não dependa de um jogador de 39 anos (Lothar Matthäus), como na Euro.
Reerguer o futebol de seu país e repetir a festa que Michel Platini proporcionou aos franceses em 1998, está aí o novo desafio de Beckenbauer. Talvez, até, o último que lhe falte -pois ele já levou Copa dentro do campo, no banco e, agora, na urna.


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