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São Paulo, segunda-feira, 07 de julho de 2003

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F-1

Alemão vence de ponta a ponta GP da França, conquista a segunda vitória seguida e fica a 11 pontos do irmão na tabela

Williams dá lavada e põe Ralf na disputa

FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MAGNY-COURS

A cena no paddock de Magny-Cours dizia tudo. Não era necessário ter assistido ao GP para entender o que havia acontecido.
De um lado, de macacão vermelho, um Schumacher explicava seus problemas do final de semana, negava um princípio de crise em sua equipe, lamentava.
Do outro, de macacão azul e branco, um segundo Schumacher sorria e fazia previsões otimistas para as próximas provas.
Ralf, 28, tinha motivos de sobra para sorrir. Ontem, enfim, entrou de vez na disputa pelo título.
Saindo da pole, o piloto da Williams venceu o GP da França, décima etapa do Mundial de F-1. Foi seu segundo triunfo seguido e a primeira vitória de ponta a ponta na categoria desde o GP da Espanha do ano passado -na ocasião, de seu irmão, Michael, 34.
Seu colega na Williams, Juan Pablo Montoya, foi o segundo, repetindo a dobradinha do GP da Europa, no domingo anterior. Líder do Mundial, Michael Schumacher foi o terceiro, seguido pelo vice-líder, Kimi Raikkonen.
O resultado embolou a disputa do campeonato. Faltando seis corridas para o término da temporada, apenas 11 pontos separam o líder, Schumacher, do terceiro colocado na tabela, Ralf.
Foi, também, a confirmação do que já havia ficado claro no treino oficial: após três anos de domínio da Ferrari, a Williams é, atualmente, a equipe mais forte da F-1.
Em Magny-Cours, o time inglês deu show. Fez dobradinha no grid, no pódio e ainda cravou as duas melhores voltas da prova.
Pelo segundo final de semana seguido, a escuderia italiana levou uma lavada. E, se Schumacher imaginava tentar algo diferente na corrida, suas chances foram exterminadas na largada. Terceiro no grid, largou mal e foi ultrapassado por Raikkonen. Na frente, a Williams desapareceu.
Na quinta volta, Ralf tinha folga de 3s5 sobre Montoya, que abrira 1s8 em relação ao finlandês. Na 20ª, essas diferenças já eram de 6s7 e de 3s7, respectivamente.
Fora de combate, o máximo que Schumacher conseguiu foi usar a estratégia para recuperar o terceiro lugar. Foi na última bateria de pits: de tanque vazio, acelerou o que podia, retardou sua parada e saiu logo à frente de Raikkonen.
Ameaçado apenas por Montoya, Ralf manteve o ritmo forte e chegou a dar uma escapada da pista a quatro voltas do fim. Recuperado, cruzou a linha de chegada quase 20 segundos antes da Ferrari do irmão e com uma volta de vantagem sobre a outra Ferrari, de Rubens Barrichello, sétimo.
"Finalmente eu consegui vencer largando da pole. Estamos definitivamente nos aproximando da Ferrari. A disputa será apertada."
Michael, tentando parecer despreocupado, não esperou para responder o que os repórteres queriam perguntar: "Não, a Ferrari não está em crise".



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