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São Paulo, segunda-feira, 07 de julho de 2003

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FUTEBOL

Time do técnico Leão supera trauma da perda do título da Libertadores com vitória convincente sobre o Coritiba

Santos cura a ressaca com muitos gols

ALEC DUARTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O Santos superou ontem à noite a ressaca pós-Libertadores do jeito que a torcida sonhava: com muitos gols e uma vitória convincente de 3 a 1 sobre o Coritiba, na Vila Belmiro.
O resultado levou o time do técnico Leão à segunda colocação no Campeonato Brasileiro, a apenas um ponto -e um jogo a menos- que o líder, o Cruzeiro. Os paranaenses perderam uma invencibilidade de sete partidas.
"Mostramos que somos profissionais. Ninguém aqui ficou abalado com a derrota para o Boca Juniors, apenas chateado. A vitória e a derrota sempre farão parte de nossas carreiras", afirmou o meia Renato, cujo contrato se encerra nesta semana.
A equipe de Leão jogou sem quatro titulares (Alex, Paulo Almeida, Diego e Robinho), convocados para a seleção brasileira sub-23 que vai disputar a Copa Ouro. O torneio ocorre entre 12 e 27 de julho, no México e nos Estados Unidos.
Por causa dos desfalques, Leão recorreu à nova geração dos meninos da Vila: o volante Alexandre, 22, e o meia Jerri, 21. Ambos tiveram boa atuação.
O Santos demorou a se acertar no primeiro tempo. Contra um adversário com uma linha de três zagueiros, o vice-campeão da Libertadores procurou jogar pelas extremidades. Mas apenas Léo, pela esquerda, conseguia acrescentar alguma coisa à equipe.
Do outro lado, Reginaldo Araújo errava passes e, quando tentava concluir a gol, a pontaria deixava bastante a desejar (foram duas finalizações para fora).
A própria torcida santista não aguentou ver tanta falta de habilidade e vaiou o jogador -expulso na primeira final do torneio continental, em Buenos Aires.
Se os laterais pouco ajudavam, os meias também não viviam uma noite melhor. Nenê se indispôs com os atletas do Coritiba por causa do excesso de dribles e preciosismo. "Ele está cheio de graça e isso não é legal", reclamou o zagueiro Odvan.
Nesse panorama, os garotos se destacaram. Alexandre, combativo, empurrava o Santos para o campo de ataque. Jerri tentava tabelar com os companheiros, mas foi uma bobeada da defesa do Coritiba que permitiu ao meia abrir o placar, aos 36min.
Após cruzamento de Léo, Edinho Baiano furou e o goleiro Fernando ajeitou para Jerri, que bateu com vontade e fez o primeiro gol santista.
Na etapa final, para alívio da torcida, Leão tirou Reginaldo Araújo e colocou Wellington, sacrificado na quarta-feira passada, contra o Boca, quando deixou o campo aos 30min da etapa inicial, substituído por Nenê.
Logo aos 6min, o Coritiba perdeu o volante Willians, que já tinha cartão amarelo e cometeu nova falta violenta em Léo.
A vantagem numérica resolveu os problemas do Santos. Sete minutos depois, Nenê ganhou de Edinho na lateral da área e cruzou para Fabiano, livre na pequena área, ampliar.
Não houve muito tempo para o Coritiba reagir: aos 17min, Preto aproveitou um rebote do goleiro Fernando e marcou o terceiro.
Imediatamente, Leão tirou Nenê -que tinha sido ameaçado por um adversário.
Júlio César, que entrou em lugar do meia, fez sua reestréia no Santos. Ele tinha se transferido para o Gaziantepspor, da Turquia, no ano passado, mas voltou ao clube brasileiro em abril.
As mudanças pouco influenciaram no jogo. Perdido, o Coritiba ainda conseguiria descontar numa cobrança de falta de Tcheco, aos 36min, que Fábio Costa não alcançou.



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