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FUTEBOL
Time do técnico Leão supera trauma da perda do título da Libertadores com vitória convincente sobre o Coritiba
Santos cura a ressaca com muitos gols
ALEC DUARTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O Santos superou ontem à noite
a ressaca pós-Libertadores do jeito que a torcida sonhava: com
muitos gols e uma vitória convincente de 3 a 1 sobre o Coritiba, na
Vila Belmiro.
O resultado levou o time do técnico Leão à segunda colocação no
Campeonato Brasileiro, a apenas
um ponto -e um jogo a menos- que o líder, o Cruzeiro. Os
paranaenses perderam uma invencibilidade de sete partidas.
"Mostramos que somos profissionais. Ninguém aqui ficou abalado com a derrota para o Boca
Juniors, apenas chateado. A vitória e a derrota sempre farão parte
de nossas carreiras", afirmou o
meia Renato, cujo contrato se encerra nesta semana.
A equipe de Leão jogou sem
quatro titulares (Alex, Paulo Almeida, Diego e Robinho), convocados para a seleção brasileira
sub-23 que vai disputar a Copa
Ouro. O torneio ocorre entre 12 e
27 de julho, no México e nos Estados Unidos.
Por causa dos desfalques, Leão
recorreu à nova geração dos meninos da Vila: o volante Alexandre, 22, e o meia Jerri, 21. Ambos
tiveram boa atuação.
O Santos demorou a se acertar
no primeiro tempo. Contra um
adversário com uma linha de três
zagueiros, o vice-campeão da Libertadores procurou jogar pelas
extremidades. Mas apenas Léo,
pela esquerda, conseguia acrescentar alguma coisa à equipe.
Do outro lado, Reginaldo Araújo errava passes e, quando tentava
concluir a gol, a pontaria deixava
bastante a desejar (foram duas finalizações para fora).
A própria torcida santista não
aguentou ver tanta falta de habilidade e vaiou o jogador -expulso
na primeira final do torneio continental, em Buenos Aires.
Se os laterais pouco ajudavam,
os meias também não viviam
uma noite melhor. Nenê se indispôs com os atletas do Coritiba por
causa do excesso de dribles e preciosismo. "Ele está cheio de graça
e isso não é legal", reclamou o zagueiro Odvan.
Nesse panorama, os garotos se
destacaram. Alexandre, combativo, empurrava o Santos para o
campo de ataque. Jerri tentava tabelar com os companheiros, mas
foi uma bobeada da defesa do Coritiba que permitiu ao meia abrir
o placar, aos 36min.
Após cruzamento de Léo, Edinho Baiano furou e o goleiro Fernando ajeitou para Jerri, que bateu com vontade e fez o primeiro
gol santista.
Na etapa final, para alívio da
torcida, Leão tirou Reginaldo
Araújo e colocou Wellington, sacrificado na quarta-feira passada,
contra o Boca, quando deixou o
campo aos 30min da etapa inicial,
substituído por Nenê.
Logo aos 6min, o Coritiba perdeu o volante Willians, que já tinha cartão amarelo e cometeu nova falta violenta em Léo.
A vantagem numérica resolveu
os problemas do Santos. Sete minutos depois, Nenê ganhou de
Edinho na lateral da área e cruzou
para Fabiano, livre na pequena
área, ampliar.
Não houve muito tempo para o
Coritiba reagir: aos 17min, Preto
aproveitou um rebote do goleiro
Fernando e marcou o terceiro.
Imediatamente, Leão tirou Nenê -que tinha sido ameaçado
por um adversário.
Júlio César, que entrou em lugar
do meia, fez sua reestréia no Santos. Ele tinha se transferido para o
Gaziantepspor, da Turquia, no
ano passado, mas voltou ao clube
brasileiro em abril.
As mudanças pouco influenciaram no jogo. Perdido, o Coritiba
ainda conseguiria descontar numa cobrança de falta de Tcheco,
aos 36min, que Fábio Costa não
alcançou.
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