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Insatisfeita, Fifa busca regras pró-gol
Presidente Blatter teme perda de entusiasmo em razão do baixo número de bolas nas redes na Copa da Alemanha
Média atual de 2,27 é a mais próxima da do Mundial-90, na Itália, quando o torneio teve sua menor produção ofensiva: 2,21 gols por jogo
Roberto Pfeil/Associated Press
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Crianças "brigam' em evento promocional para ficar com a bola oficial da decisão do Mundial-06 |
DOS ENVIADOS A BERLIM
A escassez de gols na Copa da
Alemanha faz a Fifa acenar
com mudanças nas regras do
futebol. O presidente da entidade, Joseph Blatter, disse ontem que criará um grupo de estudos para discutir alterações.
O suíço teme que a atual edição entre para a história como
sendo a de menor média de
gols. Até agora a marca é de 2,27
por partida, próxima à de 1990,
que registrou a mais baixa marca: 2,21 em cada confronto.
A preocupação de Blatter está relacionada ao dinheiro que
o esporte gera. "O futebol não
foi ruim, mas não aconteceu
um número suficiente de gols.
E, quando os gols são muito
poucos, o público não se entusiasma", disse ele. Em outras
palavras, ele tem medo de ver
uma diminuição de telespectadores e de público nos estádios.
Blatter afirmou que irá organizar um simpósio com treinadores dos 32 países que estiveram na Alemanha, árbitros,
médicos e o grupo de estudos
técnicos do Mundial.
Apesar de falar em mexer nas
regras, dificilmente a Fifa fará
alterações profundas. A entidade se orgulha de mudar pouco
as normas do jogo, diferentemente de outros esportes que
passaram por sensíveis transformações, como o vôlei.
Uma das possibilidades é alguma nova alteração no impedimento. Mudanças nas medidas do gramado, como deixá-lo
maior para ampliar os espaços,
sofrem resistência na Fifa.
Dirigentes como João Havelange, presidente de honra da
entidade, alegam que muitos
estádios teriam de passar por
obras para aumentar os seus
campos. Os gastos são um obstáculo para a idéia.
Reduzir o número de jogadores no gramado também não
agrada ao presidente da Fifa.
Ele descarta essa possibilidade.
"Se a partida for aberta, tem
espaço para 11 jogadores de cada lado. Mas, com 11 defensores
em campo, não", disse o suíço.
O ex-jogador Franz Beckenbauer, presidente do Comitê
Organizador da Copa, também
queixa-se da escassez de gols.
"Mas acho que, mesmo assim,
as partidas foram excitantes."
Ele afirmou que, logo depois
do Mundial, conversá com
membros da Fifa para discutir
sugestões que visam aumentar
o número de gols.0
(FÁBIO VICTOR E RICARDO PERRONE)
Com agências internacionais
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