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Kaká não ficará no Milan em caso de rebaixamento
SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A MILÃO
Em meio à maior crise do futebol italiano, o meia Kaká corre risco de deixar o Milan até o
fim do mês. Se o clube for mesmo punido com o rebaixamento para a segunda divisão pela
Justiça Desportiva italiana, o
jogador estará livre para trocar
de camisa. A liberação do atleta
já está definida por uma cláusula contratual, que dá ao jogador
o direito de rescindir o acordo
em caso de rebaixamento.
Além de Kaká, os principais
titulares -Dida e Cafu entre
eles- terão o direito de deixar o
clube. Pretendido pelo Real
Madrid, Kaká já manifestou a
intenção de trocar de clube, se o
Milan for punido. Desde terça-feira, ele deixou Milão para
aproveitar suas férias.
A crise no futebol italiano teve início quando veio a público
a divulgação de conversas entre
o ex-diretor-executivo da Juventus Luciano Moggi com o
ex-juiz Pierluigi Pairetto, que
escalava os trios de arbitragem
no Campeonato Italiano.
Além da Juventus, dirigentes
de Milan, Lazio e Fiorentina
também estão envolvidos no
escândalo. Segundo os promotores, eles tentaram influenciar
no resultado das partidas.
Os principais dirigentes da
Juventus e Franco Carrara, que
comandava a federação local, já
renunciaram. Os promotores
pediram o rebaixamento dos
quatro clubes. A Juventus deverá cair para a Série C ou divisões inferiores. Os outros ficariam na B. ""Será a maior perda
da história do Milan. O Kaká
tem uma vida útil de pelo menos mais dez anos. Se isso acontecer, não sei como vai ser a resposta da torcida aos dirigentes
e às autoridades", disse Gian
Valle, 32, que pagava 80 (cerca de R$ 200) por uma camisa
do brasileiro ontem na loja do
clube no centro de Milão.
Apesar de ter decepcionado
no Mundial, Kaká é um dos jogadores mais valorizados no
milionário futebol europeu.
Pouco antes do início da Copa,
o Milan renovou o seu contrato
até 2011. Mesmo assim, o novo
presidente do Real Madrid, Ramón Calderón, pretende contratá-lo. A ida do meia para o
clube espanhol foi promessa de
campanha do dirigente, que tomou posse nesta semana. Anteontem, ele voltou a rasgar
elogios ao ex-são-paulino.
Nos próximos dias, Calderón
deve começar a negociar com
os dirigentes do Milan. A debandada dos clubes italianos
envolvidos no escândalo já teve
início. Fabio Capello, que era
técnico da Juventus, apresentou-se ao Real Madrid. O volante Emerson, da seleção e da
Juventus, também está cotado
para seguir para Madri.
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