São Paulo, sexta-feira, 07 de julho de 2006

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Para Blatter, Parreira é culpado

Cartola suíço diz que técnico brasileiro é responsável pelo má performance de Ronaldinho na Copa

Presidente da Fifa critica Brasil e Argentina e diz que Equador e Paraguai foram os verdadeiros representantes do futebol sul-americano


DA REPORTAGEM LOCAL

Cinco dias após a eliminação brasileira da Copa do Mundo, nem mesmo o presidente da Fifa poupou o técnico Carlos Alberto Parreira de críticas.
De acordo com Joseph Blatter, a culpa pelas exibições pífias do melhor jogador do mundo, Ronaldinho, é do treinador da seleção brasileira.
"Ronaldinho não tinha espaço para jogar. Perguntem ao treinador [Parreira]. Há muitos jogadores que jogam a seu lado que querem ser como Ronaldinho ou que acreditam que já são como ele. Então, não funciona. É um princípio do futebol. Há figuras que correm e defendem e há outras que criam no jogo", analisou Blatter.
O presidente da maior entidade do futebol acredita que o fracasso brasileiro se deve a um fato que afeta também os argentinos. Segundo ele, o excesso de jogadores sul-americanos que disputam os principais campeonatos europeus compromete o desempenho de suas seleções. "Eles jogam o ano inteiro em um sistema europeu e, depois, chegam à seleção. Não fazem o mesmo que Bebeto, Romário e Garrincha, que disputaram os campeonatos em seus países antes de serem convocados para a equipe nacional", afirmou Blatter.
Por outro lado, o cartola não poupou elogios ao México, justamente pelo fato de que seus jogadores estão mais habituados a disputarem os campeonatos de seu país. "Eles estiveram a ponto de fazer os argentinos se ajoelharem. Com um pouco mais de coragem, talvez tivessem conseguido", disse Blatter em referência ao jogo das oitavas-de-final em que os mexicanos marcaram o primeiro gol, mas permitiram a virada.
As outras seleções da América do Sul agradaram muito ao presidente da Fifa. "As equipes que realmente mostraram a magia do futebol sul-americano foram Equador e Paraguai."
A presença de um dos maiores ídolos sul-americanos nas arquibancadas da Alemanha também chamou a atenção de Blatter. No dia do jogo entre Alemanha e Argentina, o dirigente chegou a convidar Diego Maradona para assumir um cargo na Fifa. O argentino, entretanto, desconversou.


Com agências internacionais

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