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Para Blatter, Parreira é culpado
Cartola suíço diz que técnico brasileiro é responsável pelo má performance de Ronaldinho na Copa
Presidente da Fifa critica Brasil e Argentina e diz que Equador e Paraguai foram os verdadeiros representantes do futebol sul-americano
DA REPORTAGEM LOCAL
Cinco dias após a eliminação
brasileira da Copa do Mundo,
nem mesmo o presidente da Fifa poupou o técnico Carlos Alberto Parreira de críticas.
De acordo com Joseph Blatter, a culpa pelas exibições pífias do melhor jogador do mundo, Ronaldinho, é do treinador
da seleção brasileira.
"Ronaldinho não tinha espaço para jogar. Perguntem ao
treinador [Parreira]. Há muitos
jogadores que jogam a seu lado
que querem ser como Ronaldinho ou que acreditam que já
são como ele. Então, não funciona. É um princípio do futebol. Há figuras que correm e defendem e há outras que criam
no jogo", analisou Blatter.
O presidente da maior entidade do futebol acredita que o
fracasso brasileiro se deve a um
fato que afeta também os argentinos. Segundo ele, o excesso de jogadores sul-americanos
que disputam os principais
campeonatos europeus compromete o desempenho de suas
seleções. "Eles jogam o ano inteiro em um sistema europeu e,
depois, chegam à seleção. Não
fazem o mesmo que Bebeto,
Romário e Garrincha, que disputaram os campeonatos em
seus países antes de serem convocados para a equipe nacional", afirmou Blatter.
Por outro lado, o cartola não
poupou elogios ao México, justamente pelo fato de que seus
jogadores estão mais habituados a disputarem os campeonatos de seu país. "Eles estiveram
a ponto de fazer os argentinos
se ajoelharem. Com um pouco
mais de coragem, talvez tivessem conseguido", disse Blatter
em referência ao jogo das oitavas-de-final em que os mexicanos marcaram o primeiro gol,
mas permitiram a virada.
As outras seleções da América do Sul agradaram muito ao
presidente da Fifa. "As equipes
que realmente mostraram a
magia do futebol sul-americano foram Equador e Paraguai."
A presença de um dos maiores ídolos sul-americanos nas
arquibancadas da Alemanha
também chamou a atenção de
Blatter. No dia do jogo entre
Alemanha e Argentina, o dirigente chegou a convidar Diego
Maradona para assumir um
cargo na Fifa. O argentino, entretanto, desconversou.
Com agências internacionais
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