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RODRIGO BUENO
Revolución
Negociação para 1 mercado comum andino de jogadores pode levar a uma nova ordem no futebol da América do Sul
SE NA EFERVESCENTE política
venezuelana a entrada definitiva do país-sede da Copa América no Mercosul gera dúvidas, nos
bastidores esportivos cresce uma
polêmica em torno de um mercado
comum de jogadores no continente.
Já há algum entendimentos para
um bloco andino formado por atletas de Bolívia, Colômbia, Equador,
Peru e Venezuela.
A idéia é seguir o modelo europeu
pós-Lei Bosman. Só para dar uma
relembrada, uma causa ganha por
um obscuro jogador belga no meio
dos anos 90 permitiu a todos os jogadores da União Européia atuar em
outro país do bloco sem ocupar vaga
de estrangeiro. A versão sul-americana do caso, curiosamente, surgiu
entre políticos, não entre atletas em
busca de liberdade para trabalhar no
exterior. Ao contrário, entidades
que representam jogadores estão
entre as que mais contestam o projeto, pois temem um prejuízo para o
futebol local.
José Antonio García Belaúnde,
chanceler peruano, foi quem lançou
a idéia do mercado comum de jogadores na América do Sul. Contou logo com o apoio de alguns dirigentes
de clubes do Peru, mas enfrentou resistência forte no Equador, onde dirigentes da federação nacional rechaçaram o projeto. Confiam no
emergente futebol equatoriano e na
economia ""dolarizada" do país, exceção hoje entre os países andinos
que integrariam o bloco.
E o Mercosul? Hoje, é possível
cruzar os países do grupo só com a
carteira de identidade. Mas, esportivamente, o passaporte segue firme.
A CBF ampliou em 2005 o limite
de estrangeiros no país, passando de
dois para três gringos por time. Os
clubes brasileiros abriram mais as
portas para mercados vizinhos, porém não houve avanço no sentido de
acabar totalmente com as barreiras
fronteiriças da bola.
Nesse ponto, o discurso de Hugo
Chávez, polêmico presidente venezuelano, de que o Brasil estaria tão
ou mais aberto para o mercado de
outros continentes do que para o
Uruguai, por exemplo, faz sentido.
Chávez acha o Mercosul ainda
uma mentira. Se a ""verdade" dele
reinar no bloco, talvez o possível
mercado andino de jogadores revolucione também o Sul.
DICTADURA
Pela atitude do Real Madrid de
dispensar Fabio Capello e pela forma fria como Robinho se pronunciou na Venezuela sobre sua saída,
ele deve ser mesmo muito duro.
Mas vai ser bom lá longe.
HOLA
Era difícil imaginar ""Niño" Torres a vida toda no Atlético de Madri. Em um gigante que fala espanhol, o Liverpool de Rafa Benítez,
deve ganhar títulos e prestígio.
ADIÓS
Devido ao Pan, a coluna sairá por
um tempo de cena. Depois, entro
de férias e prolongo a ausência.
Sendo assim, hasta luego!
rbueno@folhasp.com.br
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