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São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2003

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PAN E CIRCO

A bala perdida

JOSÉ ROBERTO TORERO
COLUNISTA DA FOLHA

A glória é um tiro para o alto. Faz barulho no começo, mas desaparece com o vento.
Ontem, o alvo das manchetes foi Hudson de Souza, anteontem era a ginástica artística, daqui a pouco será o iatismo, depois o vôlei, o atletismo, o basquete e logo ninguém vai dar a mínima para as conquistas do tiro, tão árduas quanto preciosas. É como se o tiro deles tivesse saído pela culatra.
Se a glória é passageira para todos, para esse pessoal ela é rápida como uma bala. Rodrigo Bastos, Fábio Coelho e Janice Teixeira nunca serão lembrados como um Barrichello.
É triste, mas este fato é tiro e queda.
A glória é uma tirana injusta, e nem sempre as pessoas possuem tirocínio para valorizar os que realmente merecem. Uma coisa, porém, é certa: estas medalhas que eles levam a tiracolo são de tirar o chapéu.
O tempo vai passar, mas as medalhas do tiro ninguém tira.


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