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FUTEBOL
Para bater Goiás e dar fim ao jejum de vitórias, atletas querem equipe concentrada e empenhada do início ao fim
São Paulo recorre a "sabedoria" por reação
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Primeiro, a culpa foi da arbitragem. Depois, vieram a má fase e a
falta de sorte para justificar os seguidos insucessos depois da conquista da Taça Libertadores.
Agora, para tentar ressurgir no
Brasileiro e acabar com a série negativa de seis jogos sem vitória, o
São Paulo resolveu invocar a sabedoria para voltar a somar três
pontos. "Sabedoria nesse caso é
ter mais concentração, empenho,
saber jogar em cima do resultado
e ter tranqüilidade até o final", filosofou o lateral-direito Cicinho.
Assim, hoje, contra o Goiás, às
18h10, no Morumbi, os comandados de Paulo Autuori esperam
usar essa sabedoria para, além de
subir na tabela, espantar o fantasma do rebaixamento.
"Não passa pela cabeça da gente
o risco do rebaixamento. É chance zero", afirmou o jogador são-paulino, que logo após a partida
segue para Itália, a fim de assinar a
papelada referente à regularização do seu passaporte europeu.
No entanto, apesar da convicção de Cicinho, a colocação da
equipe do Morumbi na classificação é um fator preocupante. O time soma apenas 18 pontos e está
muito perto da zona de descenso.
O zagueiro Alex voltou a ressaltar que o time precisa reagir logo
para evitar complicações futuras.
"Acho que, se acontecer de entrar
para o [grupo do] rebaixamento,
isso vai abalar os jogadores."
Apostando no mesmo esquema
que ficou no empate com o Palmeiras -3-6-1-, o técnico Paulo
Autuori pretende, primeiro, devolver ao seu setor defensivo a eficiência mostrada na Libertadores,
quando sofreu 11 gols em 14 partidas, média de 0,78 por jogo.
"Nossa expectativa é de tentar
ser um time sólido defensivamente", falou o treinador, que dá sinais claros que está fora da briga
pelo título. "Em relação ao título
do Brasileiro a coisa está bem
complicada, mas no futebol tudo
pode acontecer."
Autuori fará apenas uma mudança. Cicinho, que cumpriu suspensão, volta. Souza será reserva.
Nas últimas seis apresentações
pelo Nacional, a queda de produção atrás foi latente. A equipe foi
vazada 11 vezes e viu a sua média
de gols sofridos chegar a 1,83.
Além disso, uma vitória livra o
atual grupo, que ostenta a façanha
de ter conquistado o tri da Libertadores, de igualar um recorde
negativo, de 2001: o de sete partidas sem vencer. Foram quatro
derrotas e três empates.
Na parte ofensiva, a missão de
matador fica novamente a cargo
de Amoroso, único atacante. Mas,
apesar de o jogador ter desencantado no torneio, com os dois gols
no Palmeiras, o desempenho são-paulino não tem sido de empolgar, mesmo no Morumbi.
Nos sete jogos como mandante,
somente em dois (Flamengo e
Palmeiras) o time fez dois ou mais
gols. Nos outros cinco duelos
-Paraná, Coritiba, Cruzeiro, Botafogo e Internacional-, deixou
o gramado com a marca de apenas um tento por partida.
Para os atletas, o segredo para
ser mais efetivo em casa é não dar
chance ao rival. "Contra o Palmeiras, o time tirou o pé. Isso não pode mais ocorrer. Vi o jogo e, como
torcedor, achei que a vitória estava garantida com os 3 a 0. Mas tenho certeza que vamos conseguir
nosso objetivo", disse Cicinho.
No Goiás, que vem de derrota
para o Atlético-PR, o técnico Geninho não fez alteração na equipe.
Com 27 pontos, os goianos querem ao menos um empate, para se
manter na zona de classificação
para a Copa Sul-Americana.
Souza, que substituiu Romerito
no ataque na partida anterior, seguirá na posição, como companheiro de Roni. Romerito ainda
se recupera de uma contusão e
não foi liberado pelo departamento médico para jogar.
NA TV - Sportv (menos para São Paulo e Rio de Janeiro), ao vivo, às 18h10
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