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São Paulo empata e segue na ponta
De novo, reservas rendem bem abaixo dos titulares, em jogo com o Botafogo, mas equipe se mantém no topo Brasileiro
Botafogo 1
São Paulo 1
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao montar seu elenco para
temporada, a diretoria do São
anunciou que queria 22 titulares. Pelos resultados do time
reserva, que vem atuando no
Brasileiro, não conseguiu. Mas
se manteve como líder.
Ontem, mais uma vez, o time
B são-paulino teve rendimento
bem abaixo do principal e apenas empatou com o Botafogo.
Nas três rodadas do Brasileiro em que a maioria do time foi
de reservas, o São Paulo obteve
aproveitamento de 44,4% dos
pontos -quatro em nove possíveis. Antes, obteve 72,2% dos
pontos ao usar os titulares.
Esse rendimento é resultado
da diferença de qualidade dos
dois times, que pode ser observada na comparação da atuação
de ontem com a do meio de semana, pela Libertadores.
Sem nenhum titular -até o
goleiro Rogério foi poupado-,
o São Paulo errou mais passes,
finalizou menos, fez mais faltas, teve menos posse de bola e
foi menos criativo na articulação de ataques. É o que mostram os números do Datafolha.
Contra o Botafogo, foram só
66,3% de acerto nos passes,
contra 79,1% do jogo com o
Chivas. E isso porque o São
Paulo da Libertadores deu 80
passes a mais do que o do Brasileiro. Ontem, o time finalizou
dez vezes, contra 14 na quarta-feira. E o aproveitamento caiu
de 57% para 40%.
Sem um bom toque de bola, o
time reserva apelou a cruzamentos na área e a uma marcação dura, em que cometeu quase o dobro das faltas dos titulares -30 contra 17. Mesmo assim, a equipe suplente teve dificuldades para parar o Botafogo,
que fechou a 15ª rodada na zona de rebaixamento do Brasileiro, ocupando a 17ª colocação.
O time carioca chegou ao gol
logo aos 9min do primeiro tempo, quando Felipe Adão gingou
na entrada da área, diante da
zaga parada, e chutou no canto
do goleiro Bosco.
O São Paulo até criou algumas chances no primeiro tempo, mas o atacante Thiago, pouco inspirado, as desperdiçou.
Depois do intervalo, porém, o
atleta se redimiu, ao empatar
em chute de primeira, completando cruzamento de Richarlyson da esquerda, aos 6min.
Foi a senha para o jogo se tornar morno na segunda etapa.
As duas equipes ainda tiveram
chances, mas o baixo aproveitamento nas conclusões manteve
a igualdade no placar.
Apesar das evidências da
queda de rendimento do time,
os jogadores exaltaram a liderança no Brasileiro.
"É muito bom essa transição
entre time titular e reserva. Dá
confiança para todos jogarem",
disse o zagueiro Edcarlos, que
pode ser titular na final da Libertadores -depende da escalação ou não de André Dias.
Mas o São Paulo tem se sustentado na ponta menos pelas
suas atuações e mais pelos tropeços dos rivais. Ontem, o Inter, adversário de quarta na final da Libertadores, até então o
mais próximo na tabela, perdeu
para o Santos após fazer 1 a 0.
Na rodada anterior, quando
foi goleado pelo mesmo Santos,
Inter, Fluminense, Cruzeiro e
Paraná falharam. Com 30 pontos, vê agora o rival paranaense
(27) como maior perseguidor.
Entre os dois jogos da Libertadores, o São Paulo volta ao
Brasileiro, no domingo. Contra
o Goiás, no Morumbi, e provavelmente com os reservas.
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