São Paulo, segunda-feira, 07 de agosto de 2006

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Cida Santos

Na trilha da vitória


A seleção brasileira é a única invicta da Liga Mundial, contudo seus adversários até aqui não exigiram muito

O BRASIL segue na Liga Mundial uma trilha sem surpresas: oito jogos, oito vitórias e é a única seleção invicta no torneio. Está certo que os adversários da chave -Argentina, Finlândia e Portugal- não exigiram muito. Os dois sets que o Brasil perdeu na Liga foram por falta de concentração pela facilidade do jogo.
Sábado, contra a Finlândia, o Brasil fez sua melhor partida. O time jogou com passe na mão, e o levantador Ricardinho deu show. A seleção atuou com muita velocidade. No domingo, a equipe foi mais irregular, mas, mesmo jogando com dois ponteiros reservas -Murilo e Samuel-, manteve o padrão de jogo.
Enfrentar rivais frágeis não é fácil. A concentração vai embora. Ontem, por exemplo, a China, saco de pancadas do Grupo C, quase provocou a maior surpresa da Liga sobre a poderosa Rússia. Para a tristeza dos chineses, os russos acordaram no quinto set e venceram por 15 a 12.
A Rússia é a líder da chave mais equilibrada, com sete vitórias e uma derrota. Os russos, como anfitriões da fase final, já estão classificados. A vaga do grupo deve ficar com a França , que ontem venceu a Itália pela terceira vez em quatro jogos. Nos outros grupos, a briga também está firme. No Grupo A, EUA, Polônia e Sérvia e Montenegro têm o mesmo número de vitórias: cinco.
A diferença está na média de sets e pontos. No Grupo D, também nada está definido: a disputa pela única vaga é entre Cuba e Bulgária. Já o Brasil segue tranqüilo. Tem mais quatro jogos, em casa, pela frente: dois com a Finlândia e dois contra Portugal. Na fase final, terá bem mais trabalho. Mas, se a seleção mantiver um bom passe, vai ficar difícil para qualquer adversário segurar o time com a velocidade que ele está jogando.
A Rússia é talvez a grande adversária. Por ser uma equipe muito alta, tem mais chances de tocar a bola nos ataques e contra-ataques do Brasil. Sem contar que os russos também têm um saque poderoso.
Já a seleção feminina coloca o pé no avião hoje e inicia uma maratona de 34 dias pela Europa e Ásia. Quinta e sexta, o time já faz dois amistosos com a Holanda. Depois, segue para Tóquio, onde estréia no Grand Prix no dia 18, contra a Coréia do Sul. O Brasil tem 14 atletas. Vai com duas líberos (Fabi e Arlene), três opostas (Sheila, Renatinha e Joycinha), duas levantadoras (Fofão e Carol), quatro ponteiras (Mari, Jaqueline, Sassá e Valeskinha) e três centrais (Fabiana, Walewska e Carol).
Para o Mundial, deixarão o time uma líbero e uma oposta. Joycinha, 22 anos e 1,90 m, pode ser a surpresa. Com perfil físico de cubana, tem como principal qualidade o bloqueio. A sua disputa por uma vaga será com Renatinha, que pode perder pontos por não ter bom bloqueio. O técnico Zé Roberto se diz feliz com a evolução física do time. "Houve ganho de força", afirma ele, que vê Cuba como modelo.

ESTRÉIA NA ITÁLIA
O Italiano, que vai reunir cinco atletas da seleção e o técnico Zé Roberto, começa em 26 de novembro. O Pesaro, de Zé Roberto, Mari e Sheila, faz sua estréia contra o Padova. O Jesi, de Jaqueline, pega o Forli. O Perugia, de Fofão e Walewska, enfrenta o Santeramo.

ELA VOLTOU
Paula Pequeno, que foi mãe em junho, já ajudou o Osasco a levar o título da Copa São Paulo. Pela recuperação rápida, Paula está na briga para disputar uma vaga na seleção para o Mundial, em novembro.

FORÇA RUSSA
A Rússia ganhou por 3 sets a 2 os três amistosos que fez com a Itália, em Moscou. Com Kili (ex-Sokolova), Gamova e Godina, o time é um dos favoritos para vencer o Grand Prix, ao lado de Brasil e China.

cidasan uol.com.br


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