São Paulo, quinta-feira, 07 de outubro de 2004

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FUTEBOL

Defesa funciona de novo, time do Morumbi vence Ponte e tem chance de terminar rodada na zona da Libertadores

São Paulo ganha a terceira seguida e sobe

Ari Ferreira/Lancepress
O volante Renan tenta jogada na área observado pelo goleiro Lauro, que segurou o São Paulo no primeiro tempo, mas não evitou a 2ª derrota seguida da Ponte


DA REPORTAGEM LOCAL

A defesa, mesmo com reservas, funcionou de novo. O ataque mais uma vez chutou bastante para o gol, como quer o técnico Emerson Leão. E foi assim que o São Paulo conquistou sua terceira vitória seguida no Brasileiro-04.
A vítima de ontem foi a Ponte Preta, que mesmo no seu estádio perdeu para o time do Morumbi por 1 a 0. O resultado colocou o São Paulo provisoriamente no terceiro lugar, dentro da zona de classificação para a Libertadores. O time torce hoje contra São Caetano e Juventude para permanecer nessa situação. Já os campineiros perderam uma posição e caíram para o oitavo posto.
Mesmo sem os zagueiros Fabão e Lugano, suspensos, Leão manteve o esquema tático 3-5-2, que diz não ser seu preferido.
Os substitutos -Edcarlos e Alex- deram conta do pífio ataque ponte-pretano, e o São Paulo, também auxiliado com muita eficiência pelos jovens Alê e Renan no meio-campo, segue com uma média inferior a um gol sofrido por jogo (0,94).
A última vez que o clube conseguiu terminar um Brasileiro levando menos de um gol por jogo foi em 1993. Nesse período, não se sagrou campeão do torneio.
Os números do Datafolha atestam a boa atuação defensiva do São Paulo. A Ponte Preta só conseguiu finalizar dez vezes, sendo que a primeira na direção certa aconteceu apenas aos 41min do segundo tempo. Em termos gerais, o clube do Morumbi é o que menos permite conclusões dos adversários -média de 9,5 vezes por partida.
Na frente, a pontaria foi ruim, mas não faltaram chances para o time de Leão. Foram 20 finalizações são-paulinas, ou seis a mais do que a média da equipe no Nacional. O placar só não foi mais elástico pela falta de precisão -apenas seis conclusões são-paulinas foram em direção à meta dos campineiros.
O São Paulo martelou no início da partida. Antes do primeiro minuto, Cicinho chutou cruzado e quase marcou. Os campineiros, com muita gente no meio e pouca no ataque, não conseguiam passar do meio-campo.
A melhor chance são-paulina aconteceu aos 15min, quando Nildo chutou e a bola passou pelo goleiro Lauro, mas Gustavo salvou sobre a linha. O time pressionava com os dois alas, e Júnior também teve duas boas chances de marcar.
Mas o ímpeto da equipe da capital paulista diminuiu. E, com o time da casa sem criatividade, a primeira etapa terminou de forma arrastada. "O goleiro deles pegou mesmo", disse Leão na saída para o intervalo, lamentando as chances perdidas do começo do jogo.
O segundo tempo teve início com um erro grosseiro de Cléber Wellington Abade. Aos 2min, o goleiro Rogério bateu falta para o São Paulo. Ao passar pela barreira, o ponte-pretano Roger desviou a bola com a mão, mas o árbitro não marcou o pênalti.
Time com o segundo pior saldo do Brasileiro-04, a Ponte não conseguia atacar e ainda cometeu uma falha bisonha no gol que definiu o placar. Aos 23min, Cicinho cruzou pela direita, dois rivais rebateram mal a bola, que sobrou limpa para Grafite. Ele tocou na saída do goleiro para marcar o seu sexto tento no Nacional.
Só nos últimos minutos a Ponte criou chances reais de marcar, e foi então a vez de Rogério aparecer para segurar a vitória.
Agora, o São Paulo volta a campo pelo Nacional apenas no próximo dia 17, quando vai a Belo Horizonte desafiar o Atlético-MG. Antes, no domingo, pega o Santos pela Copa Sul-Americana.
O time do litoral paulista será o próximo rival da Ponte na próxima rodada do Brasileiro.


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