|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Etíope muda estilo para vencer em NY
ATLETISMO Haile Gebrselassie, recordista mundial de maratona, afirma que abre mão de nova marca
DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO
O etíope Haile Gebrselassie teve que mudar seu conceito de maratona para participar da prova de Nova York,
hoje, com largada às 12h40.
Aos 37 anos, compete pela
primeira vez na corrida na cidade, sem o propósito de
quebrar recordes, mas "apenas" vencer. "Não vim para
Nova York pensando em terminar a maratona com um
bom tempo, estou aqui para
ser campeão", disse à Folha,
por telefone, Gebrselassie.
O atleta é dono de duas
medalhas de ouro olímpicas
nos 10.000 m (Sydney-2000
e Atlanta-1996), derrubou
por duas vezes o recorde
mundial da maratona e ostenta o atual, de 2h03min59s,
feito há dois anos em Berlim.
A prova alemã, da qual é
tetracampeão, ocorre anualmente em setembro e é famosa por seu percurso plano e a
facilidade para se estabelecer recordes. Mas os dois meses entre as duas corridas
não são suficientes para que
um atleta como Gebrselassie
se recupere fisicamente.
Por isso, o etíope abriu
mão de melhorar sua marca
em Berlim neste ano para
participar de Nova York.
"Assisto todos os anos às
provas de Nova York, mas
não participava porque corria em Berlim. Sempre achei
importante disputá-la e aqui
estou", disse o maratonista,
que começou no esporte ainda criança, quando corria os
20 quilômetros que separavam sua casa da escola na cidade de Asella, na Etiópia.
Geralmente, o campeão
nas ruas da maior cidade dos
EUA termina a prova seis ou
oito minutos mais lento do
que o recorde do etíope. O
trajeto nova-iorquino inclui
a passagem por cinco pontes,
entre elas as famosas Verrazano-Narrows e Queensboro,
finalizando com os perigosos
morrotes do Central Park.
Gebrselassie definiria sua
estratégia horas antes da largada, mas disse estar 100%
fisicamente para superar o
brasileiro Marílson Gomes
dos Santos, 33, e principalmente os rivais quenianos.
"Em Nova York, a maratona requer muita estratégia.
E eles [os quenianos] são
bons em estratégia", alertou.
No caminho para a vitória
inédita, Gebrselassie precisará ultrapassar o brasiliense
Marílson. Campeão nas edições 2006 e 2008 da maratona, é tido como um rival perigoso pela estrela da Etiópia.
O brasileiro preparou-se
em Campos do Jordão (SP),
com treinos acima de 1.700 m
de altitude e no clima frio,
para se acostumar à temperatura que enfrentará hoje -a
máxima prevista é de 9C.
"Preciso ter muita atenção
com ele [Marílson]", confessou o recordista mundial.
"Marílson conhece o percurso, é um bom atleta e acho
que vai fazer uma boa prova", elogiou timidamente.
NA TV
Maratona de Nova York
12h Sportv 2
Texto Anterior: Juca Kfouri: Quarteto em risco Próximo Texto: Tênis: Irmão Bryan quebram recorde Índice | Comunicar Erros
|