São Paulo, sábado, 07 de dezembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Com Palmeiras rebaixado e São Paulo eliminado, rivalidade ressurge

Corintianos provocam seu "novo" arqui-rival, o Santos

Fernando Pilatos/Futura Press
Vampeta, que não jogará no domingo, acompanha treino do Corinthians no Parque São Jorge


EDUARDO ARRUDA
RODRIGO BUENO
RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com o Palmeiras na segunda divisão, os corintianos saíram para escolher um novo arqui-rival.
Procuraram isso no São Paulo de Ricardinho, mas o time ficou pelo caminho. O Santos, com seus meninos, virou o novo alvo.
Talvez só nos tempos de Pelé e do tabu de 11 anos sem vencer o time santista a rivalidade entre os dois finalistas do Brasileiro tenha aflorado como agora. Rivais históricos, hoje viraram arquiinimigos -nos últimos anos se cruzaram em semifinais de Brasileiro e Paulista, mas não em finais.
Até o comedido técnico corintiano, Carlos Alberto Parreira, entrou na onda de provocações entre as equipes iniciada antes mesmo de os dois clubes obterem suas vagas na decisão.
"O Santos fez partidas memoráveis, brindou o futebol mundial com jogadores de grande talento. Sem dúvida, é o time da vez. Mas o Corinthians é time de chegada. É bom que se lembrem disso."
A verdade é que os corintianos estão mordidos com os santistas. Se o Corinthians foi o calo são-paulino neste ano, batendo a equipe do Morumbi em duas decisões (na final do Rio-SP e na semifinal da Copa do Brasil), os meninos de Leão aprontaram em cima do time de Parreira.
Foram três confrontos entre os dois clubes, os três vencidos pelo Santos. No último deles, pelo próprio Brasileiro, um humilhante 4 a 2, com direito a gol de bicicleta do santista Alberto no Pacaembu.
"O Santos, sem dúvida, é o time a ser batido. É o que jogou o melhor futebol, o que está encantando as pessoas", disse o atacante Guilherme, que até outro dia dirigia elogios assim ao São Paulo.
O volante Vampeta, que desfalcará o time amanhã, tratou de apimentar a rivalidade e, como de praxe, provocou os santistas.
"Após o campeonato, vou para a Bahia, e o que se come lá?", disse o atleta, que já havia chamado os são-paulinos de "bambis", referindo-se a um prato à base de peixe, símbolo do clube do litoral.
Os santistas procuraram não polemizar com seus oponentes. "O Vampeta é um jogador folclórico", afirmou o volante Paulo Almeida. Não bastasse isso, o corintiano ainda sugeriu que o novo astro santista Diego teria a idade adulterada. "Ele já tinha me dito isso nos bastidores de um programa de TV. Não ligo", disse Diego.
Mas, antes de Vampeta, o zagueiro Fábio Luciano e o lateral Kléber já haviam se queixado das diabruras de Diego e Robinho.
Kléber se mostrou revoltado com a postura de Diego. Segundo ele, o santista dá risadas quando passa por seus rivais. "O Diego fica dando risadas no jogo. Isso irrita o adversário. E ele não ganhou nada. Ainda não foi campeão."
Já o capitão corintiano reclamou dos dribles "sem objetividade" de Robinho, que seriam uma forma de debochar dos adversários. "O Santos é sensação. Parabéns para eles. O Corinthians nunca é o favorito, mas sempre é o campeão", disse Fábio Luciano.


Texto Anterior: O que ver na TV
Próximo Texto: Perfil: Deivid ajudou Robinho e torceu pelo seu ex-time
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.