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São Paulo, domingo, 07 de dezembro de 2003

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FUTEBOL

Boa sorte

RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

A sorte está lançada.
Depois do sorteio das eliminatórias do Mundial, dá para fazer um apanhado de previsões sobre como será a Copa de 2006.
Muita gente acha que para ser campeão não é preciso ter sorte, mas quando se vê uma chave fácil ou um grupo da morte, logo se vê que o fator "destino" dá sua parcela de contribuição. O Brasil que o diga no bom caminho de 2002.
A Inglaterra, por exemplo, está garantida na Copa da Alemanha. Dos oito cabeças-de-chave das eliminatórias européias, ninguém se deu tão bem quanto o English Team. Seus adversários mais duros, pelo sorteio, são Polônia e Áustria, seleções de um passado brilhante e um presente sofrível. Em sua chave, figuram também "quintais" ingleses: o País de Gales e a Irlanda do Norte.
Portugal, França, Itália e Espanha são outros líderes de chave que quase seguramente estarão na Copa sem passar por repescagem. Só três grupos europeus deixam certa dúvida sobre quem será seu campeão. República Tcheca ou Holanda? Suécia, Croácia ou Bulgária? Turquia, Dinamarca, Grécia ou Ucrânia? A chave mais parelha sem dúvida é a 2, a que se refere à última pergunta.
Pensando na repescagem, tudo indica que os vices dos grupos mais fortes avançarão. Alívio para Bélgica, Holanda e Croácia, possivelmente, e Rússia, talvez.
Na África, quem se deu bem foi Senegal, que praticamente carimbou seu passaporte. A Nigéria também está com um pé e meio na Alemanha. Pior para Camarões e Egito (Grupo 3), Tunísia e Marrocos (5) e África do Sul e Gana (2). Três desses seis rodarão (pus na frente meus favoritos).
Vamos para a Ásia. A disputa lá está meio capenga, com muitas desistências. Os prognósticos são dos mais tranquilos. Há oito grupos com quatro equipes cada. Avançarão os oito cabeças-de-chave: Irã, Uzbequistão, Japão, China, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Coréia do Sul e Arábia Saudita. Sem rodeios, vingarão sul-coreanos, japoneses, iranianos e sauditas, que vão direto à Copa. Chineses na repescagem.
As eliminatórias da Concacaf ficaram mais interessantes com mata-matas logo no início. Porém nesses mata-matas só um envolvido na disputa tem chance de morrer. EUA e México caminham livres ao hexagonal final (também ao Mundial). A terceira vaga, espera-se, ficará com a Costa Rica. Honduras, treinada por Bora Milutinovic, vai à repescagem contra a China, sua seleção na Copa passada. Quem vai ao Mundial? Bora, como sempre.
A Oceania não requer comentários: Austrália. Essa perde do 5º da América do Sul: Paulo Autuori (leia-se Peru). Os quatro primeiros de nossa região? Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, não necessariamente nessa ordem.
Confirmados todos os classificados, estamos em 2006 na Alemanha, lugar que Zagallo conhece bem desde 1974. A Holanda volta a encantar, mas Parreira, com Zagallo ao lado, despacha o ""mamão mecânico" na semifinal.
Outra final com a Alemanha, outra vitória brasileira. Por quê? Por sorte, é de novo a vez do Brasil naquela pirâmide das Copas.

Pirâmide das Copas
Se você já esqueceu dessa antiga lenda, ela trata de uma sequência de campeões do Mundial com a Itália campeã de 1982 no centro de tudo. A Argentina ganhou em 1978 e 1986. A Alemanha, em 1974 e 1990. O Brasil, em 1970 e 1994. A Inglaterra e a França (países-sede que ganharam nessa condição seu único título), em 1966 e 1998. O Brasil, em 1962 e 2002. Como deu Brasil em 1958, logo em 2006...

Bola de cristal na Eurocopa
Grupo A: Portugal, em 1º lugar, e Espanha, vice. B: França e Inglaterra. C: Itália e Suécia. D: Alemanha e República Tcheca. Quartas-de-final: Portugal 2 x 1 Inglaterra, Espanha 3 x 2 França, Itália 1 x 0 República Tcheca e Alemanha 2 x 0 Suécia. Semifinais: Portugal 2 x 1 Itália e Espanha 3 x 1 Alemanha. Final: Portugal 2 x 1 Espanha.

E-mail: rbueno@folhasp.com.br


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