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FUTEBOL
França, Argentina e Itália ficam atrás de México em disputa por cabeça-de-chave e quase perdem regalia para EUA
No limite, campeões encabeçam a Copa
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Fifa, Joseph
Blatter, alertava para o risco de
potências como França e Itália
não serem cabeças-de-chave da
Copa-2006. E o risco era tanto que
foi por um triz que um campeão
mundial não foi jogado para um
bloco secundário do torneio.
Brasil, Inglaterra, Espanha, Alemanha, México, França, Argentina e Itália, nessa ordem, são os
melhores no ranking que a Fifa
divulgou ontem para determinar
os cabeças-de-chave do evento.
A presença mexicana, uma surpresa para muitos, deve-se às suas
participações freqüentes nas últimas Copas e suas posições destacadas nos últimos anos no ranking da Fifa. O México figura com
47 pontos na lista para ser cabeça-de-chave -supera os campeões
mundiais França (46), Argentina
(44) e Itália (44). Os mexicanos já
tinham sido cabeças-de-chave da
Copa, mas como anfitriões, não
por méritos técnicos, esportivos.
Os EUA, outro país ascendente
da Concacaf, apareceram em nono lugar, com 43 pontos. Por pouco não tiraram da bicampeã Argentina ou da tricampeã Itália a
regalia de ser cabeça-de-chave.
Os norte-americanos, que foram às quartas-de-final da última
Copa, superam até com folga os
holandeses, que não foram ao
Mundial passado, nesse ranking
feito pela Fifa, que leva em conta o
desempenho nas Copas de 1998 e
2002 e as posições no ranking da
Fifa ao final de 2003, 2004 e 2005.
A Holanda, potencialmente o
adversário mais temido para os
cabeças-de-chave, soma 38 pontos na lista da Fifa para ser cabeça-de-chave. Está em décimo lugar,
embora no ranking de seleções da
máxima entidade do futebol ocupe hoje a terceira posição.
O técnico Marco van Basten, da
Holanda, disse não ter sido "surpreendido" com o anúncio dos
cabeças-de-chave ontem. "Estivemos ausentes no último Mundial.
Me parece lógico que não sejamos
cabeça-de-chave", disse o ex-atacante, que guiou sua seleção de
forma invicta em uma chaves difícil das eliminatórias européias.
A Espanha, que precisou passar
pela repescagem para ir à Copa,
tem 50 pontos na lista divulgada
ontem e supera até a anfitriã Alemanha para ser cabeça-de-chave.
Franz Beckenbauer, responsável pelo Comitê Organizador da
Copa-2006, apontou a Holanda
como "o time a ser evitado" no
sorteio dos oito grupos do Mundial na sexta-feira em Leipzig.
"É uma coisa que nós não queríamos [enfrentar a Holanda logo
na primeira fase], mas, se o sorteio apontar isso, vamos enfrentar
a Holanda", afirmou o maior ídolo do futebol alemão, que encontrou e derrotou a "Laranja Mecânica" apenas na final do Mundial
de 1974, o primeiro na Alemanha.
O anúncio de ontem trouxe alívio a ingleses e italianos. "A Itália
foi escolhida cabeça-de-chave
porque mereceu. Foi uma escolha
lógica", disse Franco Carraro,
presidente da federação italiana.
A Inglaterra não foi cabeça-de-chave em 2002 e caiu no "Grupo
da Morte", que tinha a Argentina.
Agora, só ficou atrás do Brasil na
lista para encabeçar grupos. "Foi
grande a melhora, mas, quando o
torneio começar, veremos por
que fomos apontados cabeças-de-chave", disse Sven-Göran Eriksson, técnico do "English Team".
O campeão da Copa leva R$ 41
milhões. O vice fica com R$ 37,5
milhões. A Fifa pagará quase US$
230 milhões aos participantes.
Com agências internacionais
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