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Justiça ameaça
dirigentes da
CBF com prisão
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A juíza da 1ª Vara Cível de Porto
Alegre, Munira Hanna, determinou em despacho ontem que a
CBF cumpra liminar que a impede de proclamar o campeão brasileiro, sob pena de prisão de seus
dirigentes. A entidade já declarou
o Corinthians vencedor do torneio e entregou a taça anteontem.
Sua decisão atendeu a pedido
do torcedor colorado Leandro
Konflanz, que entrou com a primeira ação que invalidou as anulações das 11 partidas do Brasileiro apitadas pelo ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho. Isso mudaria o resultado do campeonato.
Ontem, foram enviadas cartas
com ofícios para que a confederação respeite as decisões da Justiça
do Rio Grande do Sul. A alegação
é a de que o Superior Tribunal de
Justiça deu aos gaúchos a competência para decidir sobre questões
de urgência do caso da anulação
das partidas.
Dirigindo-se ao presidente da
CBF, a juíza manda que ele cumpra "liminar concedida (...) sob
pena, em sendo inobservada, (...)
da determinação de prisão por
desobediência". Além disso, o
despacho obriga que, se não recuar na declaração do campeão, a
entidade terá de pagar multa no
valor do prêmio dado ao vencedor do Brasileiro.
Apesar de se dirigir ao presidente da CBF, que é Ricardo Teixeira,
a juíza endereçou o ofício para o
diretor do departamento técnico
da entidade, Virgílio Elísio. Não
fica claro quem poderá ser preso
pelo descumprimento da decisão.
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