São Paulo, terça-feira, 07 de dezembro de 2010

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Natal apresenta hoje nova proposta

COPA-2014
Sem investidores para arena, RN proporá ao COL modelo mais atrativo na construção de estádio


MARIANA BASTOS
ENVIADA ESPECIAL A NATAL

Cidade-sede mais ameaçada de corte da Copa de 2014, Natal apresentará hoje, às 10h, ao COL (Comitê Organizador Local) uma nova proposta de parceria público- -privada (PPP) para a construção da Arena das Dunas.
A reunião, que ocorrerá no Rio e terá a presença dos principais políticos do Rio Grande do Norte, será crucial para a manutenção da cidade no Mundial brasileiro.
Temendo um desgaste político junto à Fifa e a indesejável substituição de Natal por uma outra sede, o COL ainda não manifestou publicamente a possibilidade de corte.
O comitê aguarda hoje uma solução definitiva para a construção da Arena das Dunas. O COL espera que Natal inicie as obras no máximo no começo de maio de 2011.
O prazo já é apertado, uma vez que o processo de nova licitação levaria mais um mês e meio e a demolição do Machadão, que dará lugar à Arena das Dunas, tomaria no mínimo mais um mês e meio.
A nova modelagem de licitação do estádio, que será apresentada hoje pela delegação potiguar ao COL, promete ser mais atrativa para o investidor. Na abertura dos envelopes do último processo licitatório, nenhuma empresa se mostrou disposta a bancar os R$ 420 milhões necessários para a construção do empreendimento.
Na análise de Fernando Fernandes, secretário extraordinário da Copa no Rio Grade do Norte, a "deserção" na licitação se deveu a dois fatores. Primeiro, o fundo garantidor do antigo contrato não tinha liquidez pois estava lastreado em imóveis pertencentes ao Estado.
"O BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que financia as obras nos estádios da Copa] nos aconselhou a montar parte do fundo com moeda", declarou Fernandes. Sendo assim, o fundo deve ter entre R$ 40 milhões e R$ 60 milhões lastreados em moeda para garantir liquidez.
Segundo, o prazo de pagamento do Estado para a empresa que assumir as obras era considerado longo: 30 anos. Em outras PPPs de arenas da Copa, o Estado quita o pagamento assim que a empresa encerra a obra.
"Queremos encurtar o prazo de pagamento do investimento", afirmou Fernandes.
A prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), que estará na reunião hoje, mostra-se otimista com o novo contrato que será apresentado. "Após a deserção, muitas empresas nacionais e estrangeiras nos procuraram interessadas em construir o estádio", disse.


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