São Paulo, sábado, 08 de janeiro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

QUASE ESPANHOL

Perto do passaporte europeu, lateral detona lobby por Maldonado

Roberto Carlos promove genro

DO ENVIADO A MADRI

Maior defensor de Vanderlei Luxemburgo entre os galácticos, Roberto Carlos sugeriu ontem a contratação do chileno Maldonado, genro de seu chefe.
O lateral disse que até o final do mês conseguirá o passaporte espanhol, pedido pelo clube, que renovou seu contrato até 2008, com um generoso aumento. Sua dupla nacionalidade pode motivar a chegada de Robinho ao Real Madrid agora.
Os dirigentes só esperam que um de seus três atletas sem registro europeu consiga a dupla cidadania para finalizar a negociação com o Santos pelo atacante. O prazo para inscrições de novos jogadores na Europa termina no final deste mês.
"O Robinho se daria muito bem aqui, faria o que o Ronaldinho faz no Barcelona", disse o lateral. Depois passou a fazer campanha pelo genro do chefe.
"Na verdade, o que precisamos é de um volante, um que saiba mesmo marcar, o Guti [que joga na posição] não é especialista na marcação. Gostaria de ter o Maldonado jogando com a gente." O chileno trabalhou com Luxemburgo no Cruzeiro, já casado com uma das filhas do treinador.
A campanha que faz pelo parente do técnico nem de perto se assemelha à que o lateral realiza pelo próprio treinador, seu amigo de longa data. Já trabalharam juntos no Palmeiras, em 1993.
A empolgação é tanta com o parceiro em Madri, que o galáctico já vê o dedo de Luxemburgo no Real, antes mesmo de a equipe ter jogado 90 minutos sob seu comando. Por enquanto, atuou apenas sete, no complemento da partida com a Real Sociedad, interrompida em 1 a 1 e que acabou com vitória do time do técnico brasileiro.
O primeiro jogo completo com Luxemburgo será o clássico diante do Atlético de Madri, amanhã, mas Roberto Carlos nem espera a partida para falar de um novo esquadrão.
"Antes, o Real era um grupo, agora é um time. Antes tinha grandes jogadores, mas faltava organização", disse o desafeto de Mariano García Remón, antecessor de Luxemburgo.
A admiração pelo técnico o inspira a tentar uma nova profissão. "Em seis anos eu paro de jogar e viro treinador. Já decidi."
Até lá, dividirá o trabalho com seu hobby: esportes de velocidade. É sócio de equipes no Mundial de Motociclismo e na Stock Car brasileira. "Não ando na moto. De Stock já dei umas voltas e cada vez darei mais." (RP)


Texto Anterior: Em vão, técnico ensina Beckham a bater na bola
Próximo Texto: Motor - Fábio Seixas: Azar de principiante
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.