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QUASE ESPANHOL
Perto do passaporte europeu, lateral detona lobby por Maldonado
Roberto Carlos promove genro
DO ENVIADO A MADRI
Maior defensor de Vanderlei
Luxemburgo entre os galácticos, Roberto Carlos sugeriu ontem a contratação do chileno
Maldonado, genro de seu chefe.
O lateral disse que até o final
do mês conseguirá o passaporte
espanhol, pedido pelo clube,
que renovou seu contrato até
2008, com um generoso aumento. Sua dupla nacionalidade pode motivar a chegada de Robinho ao Real Madrid agora.
Os dirigentes só esperam que
um de seus três atletas sem registro europeu consiga a dupla
cidadania para finalizar a negociação com o Santos pelo atacante. O prazo para inscrições
de novos jogadores na Europa
termina no final deste mês.
"O Robinho se daria muito
bem aqui, faria o que o Ronaldinho faz no Barcelona", disse o
lateral. Depois passou a fazer
campanha pelo genro do chefe.
"Na verdade, o que precisamos é de um volante, um que
saiba mesmo marcar, o Guti
[que joga na posição] não é especialista na marcação. Gostaria
de ter o Maldonado jogando
com a gente." O chileno trabalhou com Luxemburgo no Cruzeiro, já casado com uma das filhas do treinador.
A campanha que faz pelo parente do técnico nem de perto se
assemelha à que o lateral realiza
pelo próprio treinador, seu amigo de longa data. Já trabalharam
juntos no Palmeiras, em 1993.
A empolgação é tanta com o
parceiro em Madri, que o galáctico já vê o dedo de Luxemburgo
no Real, antes mesmo de a equipe ter jogado 90 minutos sob
seu comando. Por enquanto,
atuou apenas sete, no complemento da partida com a Real Sociedad, interrompida em 1 a 1 e
que acabou com vitória do time
do técnico brasileiro.
O primeiro jogo completo
com Luxemburgo será o clássico diante do Atlético de Madri,
amanhã, mas Roberto Carlos
nem espera a partida para falar
de um novo esquadrão.
"Antes, o Real era um grupo,
agora é um time. Antes tinha
grandes jogadores, mas faltava
organização", disse o desafeto
de Mariano García Remón, antecessor de Luxemburgo.
A admiração pelo técnico o
inspira a tentar uma nova profissão. "Em seis anos eu paro de
jogar e viro treinador. Já decidi."
Até lá, dividirá o trabalho com
seu hobby: esportes de velocidade. É sócio de equipes no Mundial de Motociclismo e na Stock
Car brasileira. "Não ando na
moto. De Stock já dei umas voltas e cada vez darei mais."
(RP)
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