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Laudo aponta
que jogar bola
matou Serginho
DA REPORTAGEM LOCAL
A prática diária de esporte "certamente foi a causa do óbito" de
Serginho, segundo laudo pedido
pelo Ministério Público à Unifesp
(Universidade Federal do Estado
de São Paulo).
O documento afirma também
que o transplante cardíaco seria
uma alternativa para o zagueiro
do São Caetano, morto aos 30
anos em 27 de outubro, no jogo
contra o São Paulo no Morumbi.
O laudo está com o Ministério
Público, que vai oferecer denúncia, por homicídio doloso qualificado, como revelou a Folha, contra Nairo de Souza e Paulo Forte,
respectivamente presidente e o
médico do time quando morreu o
atleta. Ambos estão suspensos pelo STJD (Superior Tribunal de
Justiça Desportiva).
O texto, que afastou categoricamente a hipótese de fatalidade
(alegada por Forte), afirma que "o
esforço físico estimula o crescimento do coração doente".
Serginho sofria de cardiomiopatia e morreu de cardiomiopatia
hipertrófica e edema pulmonar.
O laudo corrobora a investigação feita pelo delegado Guaracy
Moreira Filho, titular do 34º Distrito Policial, que constatou que
Serginho não poderia praticar futebol devido a problemas detectados no início de 2004 no Incor.
Segundo o inquérito, Nairo e
Forte foram alertados do risco de
morte súbita e nada fizeram para
impedir Serginho de atuar.
O presidente suspenso afirmou
mais de uma vez, por meio de seu
advogado, que desconhecia o risco a que o zagueiro cardíaco estava exposto.
O promotor Rogério Leão Zagallo, da 5ª Vara do Júri, não foi encontrado pela reportagem para
dizer quando pretende oferecer
denúncia contra os indiciados.
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