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VÔLEI
O único invicto
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
O desafio continua: quem
vai conseguir vencer o
Osasco, da levantadora Fernanda
Venturini? O time permanece invicto na Superliga: são 17 jogos
sem derrotas. Na rodada do fim
de semana, a equipe passou pelo
maior rival, o Minas, por 3 sets a 1
e já garantiu o primeiro lugar da
fase de classificação.
O vôlei brasileiro coleciona na
sua história o registro de grandes
times. Um exemplo foi a Sadia, no
fim dos anos 80. Com Fernanda,
Ana Moser, Márcia Fu e Ida, a
equipe beirava a perfeição. Chegou até a contar com a peruana
Cecília Tait, uma das lendas do
vôlei. Foi tricampeã nacional e
não tinha rivais no país.
Está certo que não dá para comparar a Sadia com o Osasco. A Sadia era a seleção. O Osasco tem
três grandes jogadoras que desequilibram: Fernanda Venturini,
a atacante Érika, que garante a
qualidade do passe, e Valeskinha,
uma central muito veloz e com
um bloqueio poderoso.
Para completar, a equipe teve a
sorte de contar com uma novata,
Mari, de 20 anos, que está mostrando talento. A sua principal
qualidade é a versatilidade no
ataque. Bate todos os tipos de bola. No sábado, contra o Minas, foi
a maior pontuadora: fez 24 pontos. Pode anotar: Mari vai ser
convocada para a seleção.
As atacantes Lígia, Bia e a líbero Verê completam a base do time. O certo é que o Osasco, comandado pelo talentoso José Roberto Guimarães, tem mostrado
mais uma grande qualidade: eficiência na defesa. Com isso, marca muitos pontos com os erros dos
adversários e também arma muito mais contra-ataques.
Por tudo isso, é difícil o Osasco
não ganhar o bicampeonato. Está
certo que a Superliga vai até maio
e que o Minas, das atacantes Virna e Keba Phipps e da levantadora Gisele, pode se acertar mais.
Mesmo assim, vai ser duro: no vôlei feminino do país, a levantadora faz a diferença.
Na Superliga masculina, a disputa é bem mais equilibrada. A
Ulbra, atual campeã brasileira, já
assegurou o primeiro lugar na fase de classificação, mas Minas,
Unisul, Suzano e Banespa estão
no páreo da luta pelo título.
O Minas é um exemplo. O time
de Giovane, Ricardinho e André
Nascimento está começando a se
entender. A equipe, que andou
tropeçando, obteve um grande resultado no sábado: bateu a Unisul por 3 a 0. Mais do que a vitória, apresentou um bom conjunto
e mostrou que está crescendo.
Nas arquibancadas, quem está
fazendo bonito é o Bento Gonçalves. O time gaúcho está concorrendo ao prêmio de maior torcida
da Superliga. Nos últimos quatro
jogos que fez em casa, a equipe levou cerca de 10 mil torcedores ao
ginásio. O maior público foi na sétima rodada, contra a rival catarinense Unisul: 2.924 pessoas.
São marcas significativas nestes
tempos em que o público anda em
baixa na Superliga. Não à toa, a
confederação brasileira lançou
até uma promoção: o clube que
aumentar o número de torcedores no seu ginásio, em relação à
temporada anterior, ganha um
prêmio. Terá o reembolso do total
gasto com as taxas de arbitragem,
que gira em torno de R$ 22 mil.
Campeão japonês
O Suntory, do brasileiro Gílson, conquistou o pentacampeonato japonês. Foi o quinto título seguido também de Gílson. O time venceu
o JT Thunders em dois jogos da série de três das finais. No primeiro,
o placar foi 3 a 2. No segundo, ontem, 3 a 0. Gílson foi eleito o melhor
jogador das finais. Na disputa de terceiro lugar, o Blazers, de Kalé,
perdeu do Panasonic por 3 sets a 1.
Copa Europa
O Modena, do atacante Dante, também foi campeão no fim de semana. Na decisão da Copa Europa (CEV), derrotou o Piacenza por 3 a 2.
Dante fez 16 pontos. O destaque foi o russo Iakovlev, maior pontuador do jogo, com 29 pontos. Já no Italiano, o Modena, que conta com
Giani e o levantador Lloy Ball, corre o risco de rebaixamento.
E-mail: cidasan@uol.com.br
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