DA REPORTAGEM LOCAL

Presidente da Ferrari e homem com peso nas decisões da FIA, Luca di Montezemolo fez duras críticas às condições de segurança do GP Brasil. Atacou medidas tomadas no resgate aos carros na curva 3 e comparou a prova a um circo.
"No Brasil, tivemos algo mais parecido a um loteria do que a uma corrida de F-1. O esporte ficou em segundo plano", disse o dirigente. "Após ver Schumacher passar tão perto de um trator e assistir a tantas voltas com safety car, tudo o que precisamos é de uma longa reflexão", completou.
Anteontem, Michael Schumacher perdeu o controle de sua Ferrari por causa da falta de aderência na pista molhada, rodou e, por pouco, não acertou um guindaste que estava no local para retirar o carro de Juan Pablo Montoya.
Montezemolo não parou por aí. "Aqui não estamos promovendo um show ou um circo equestre. Trata-se de um esporte de risco, de alta tecnologia e que não pode ser colocado numa situação ridícula como aquela de Interlagos."
Mas, apesar de todas as reclamações sobre a corrida, o dirigente poupou seus dois pilotos de críticas após os sucessivos fracassos de sua escuderia. "Nossos dois carros foram competitivos no Brasil, e Barrichello ainda fez a volta mais rápida da prova", disse.
Segundo Montezemolo, o time ainda "tem tempo para se recuperar" no campeonato -a Ferrari ocupa a terceira colocação no Mundial de Construtores, com 16 pontos. "Nós já sabíamos que este seria um ano difícil. Basta trabalhar com humildade e comprometimento que temos condições de nos recuperarmos." (FSX)


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