São Paulo, quinta-feira, 08 de abril de 2004

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TÊNIS

Candidatos à presidência de CBT aproveitam evento para fazer articulações

Bastidor se agita antes da Copa Davis

João Pires/Jump
Júlio Silva, Josh Goffi, Carlos Chabalgoity, Alexandre Simoni e Marcos Daniel, da equipe brasileira da Davis, posam na Costa do Sauípe


FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL À COSTA DO SAUÍPE

Dentro de quadra, a Copa Davis só começa amanhã, mas a movimentação política na Costa do Sauípe já tem início hoje.
Com a eleição para a Confederação Brasileira de Tênis marcada para o dia 15 de maio, a maioria dos presidentes de federações chega hoje ao litoral baiano para articular as melhores opções para a disputa que indicará o substituto de Nelson Nastás, que está à frente da entidade desde 1994.
Sua gestão chega ao fim em um cenário bastante conturbado.
Envolvido em denúncias de irregularidade, o dirigente também enfrenta a resistência dos principais tenistas do país, encabeçados por Gustavo Kuerten. Os jogadores acham que o presidente pouco fez para o desenvolvimento do esporte e decidiram boicotar o confronto com o Paraguai após Nastás decidir substituir Ricardo Acioly por Jaime Oncins no cargo de capitão da Copa Davis sem consultá-los. E disseram que só voltam após sua saída.
Pressionado, o dirigente decidiu, no mês passado, diminuir seu mandato, que iria até dezembro.
Mesmo com as eleições marcadas, nenhuma candidatura foi oficialmente anunciada.
Nem mesmo pelo movimento Tênis Brasil, que fez oposição sistemática ao dirigente.
Agora, com as atenções voltadas para a Costa do Sauípe, as peças começam a se movimentar.
O grupo que apóia Luis Felipe Tavares, presidente da Octagon Koch Tavares, quer fazer uma reunião com dirigentes que têm direito a voto para apresentar seu projeto e sentir a receptividade.
Os simpatizantes de Tavares, que não confirmou sua intenção de disputar a eleição, dizem que a tentativa para consolidar o nome do promotor como candidato à CBT é "direta e objetiva".
"Nenhum de nós vai fazer politicagem", afirmou Marcelo Meyer, técnico, dono de academia e um dos que apóiam Tavares. "Vamos mostrar os nossos planos. Se houver aceitação, tudo bem, se não a gente deixa os políticos resolverem os problemas da CBT."
Se a candidatura de Tavares, que chegaria ontem à Bahia, precisar mesmo do apoio da maioria das federações para se consolidar, ela está praticamente natimorta.
Entidades do Norte/Nordeste já afirmaram que pretendem lançar um nome da região e, durante a disputa da Davis, devem se reunir para definir o candidato.

O jornalista Fernando Itokazu se hospeda a convite da Koch Tavares

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