São Paulo, sexta-feira, 08 de maio de 2009

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São Paulo rechaça confronto no México

Afetado por epidemia de gripe, país libera estádios, e Conmebol sugere que Chivas e San Luis joguem em suas cidades

Surpreso, clube brasileiro diz que decisão pode "afetar psicologicamente" o time e insiste em não enfrentar o Chivas em solo mexicano


DA REPORTAGEM LOCAL

A federação de futebol do México acenou com a possibilidade de fazer no país os jogos de Chivas e San Luis pelas oitavas da Libertadores ao liberar os estádios para o seu torneio local. Mas a diretoria do São Paulo se mostra contra a decisão de atuar no México.
Seu rival nesta fase da competição é o Chivas, que manda seus jogos em Guadalajara.
A Conmebol espera uma resposta do clube brasileiro e do uruguaio Nacional (adversário do San Luis, da cidade de Potosí) até o meio-dia de hoje. "Se eles aceitarem, os jogos serão realizados normalmente no México", disse Néstor Benítez, porta-voz da entidade.
Segundo Benítez, a epidemia de influenza A (H1N1), motivo do adiamento dos confrontos, já está controlada no México.
A reação dos são-paulinos, entretanto, prenuncia a manutenção do impasse, que se arrasta desde a semana passada.
"Não gostei e me surpreendi", afirmou o vice de futebol Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco. "Pode afetar os jogadores psicologicamente", afirmou.
O superintendente do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, diz que o time é o maior prejudicado. "Eu respeito o que está acontecendo no México porque ninguém pede para ter doenças, terremotos... Mas uma coisa é respeitar e outra é inserir o São Paulo no contexto. O jogo poderia ser realizado em outro país", comentou o cartola.
Até as 20h de ontem, o São Paulo ainda esperava um ofício da Conmebol questionando o clube sobre a possibilidade de aceitar ou não jogar no México.
Para tornar viável a realização das partidas, as autoridades mexicanas estabeleceram normas para quem for aos estádios.
Entre elas estão o uso de máscaras pelos torcedores, além da definição de uma distância mínima entre eles de 1,70 m -exceção feita a membros da mesma família.
Além disso, termômetros deverão estar à disposição para medir a temperatura das pessoas. Quem estiver com mais de 38 graus será atendido e enviado a um setor especializado.
Até agora, as partidas de futebol do Campeonato Mexicano vinham sendo disputadas com os portões fechados.
Segundo o governo do México, a epidemia causou até agora 44 mortes e ao menos 1.204 casos de pacientes com a doença foram detectados no país.


Com agências internacionais


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