São Paulo, quinta-feira, 08 de junho de 2000


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O Corinthians some... por ora


Eliminado em três torneios em seis dias, time vê seu status de melhor do país ruir depois da derrota para o Palmeiras



DA REPORTAGEM LOCAL

Três fracassos em seis dias e o Corinthians viu ruir sua reputação de melhor time do país.
A derrota para o Palmeiras anteontem, nos pênaltis, que eliminou o time da Libertadores, colocou em xeque mitos que acompanham o clube nos últimos meses, quando ganhou o Mundial.
A campanha do time no torneio sul-americano, por exemplo, mostrou que, se o time titular tem estrelas, o resto do elenco é frágil.
Além dos 11 titulares, o técnico Oswaldo de Oliveira só utilizou, a partir das oitavas-de-final, mais sete atletas, sendo que quase 80% das mudanças que o técnico fez se concentraram nas trocas de Luizão por Dinei e Daniel por Índio.
Os 31 gols do time no torneio foram marcados por sete jogadores.
Uma comparação com o Palmeiras mostra a falta de opções no time montado por Oliveira.
Luiz Felipe Scolari, que praticamente desmontou o time que conquistou a Libertadores-99, usou 20 jogadores e quase sempre mudou o time a cada partida.
Dessa forma, não dependeu apenas de suas estrelas para marcar gols -os 30 feitos pelo time tiveram 15 autores diferentes.
A fragilidade do elenco mostrou erros do Corinthians e do HMTF, seu parceiro, nas contratações.
Dos dez jogadores incorporados ao Corinthians depois da chegada do fundo, os únicos que se firmaram foram Luizão e Dida.
Na cota de reforços do HMTF, estão três dos jogadores da frágil defesa do time atual -Daniel, Fábio Luciano e Adílson.
Na lista de atletas adquiridos pelo fundo, estão atletas já dispensados, como Augusto, e encostados, como o zagueiro João Carlos, que custou US$ 4 milhões.
As duas partidas contra o Palmeiras também mostraram a precariedade do estado físico do Corinthians, que divide sua comissão técnica com a seleção. Marcelinho, Ricardinho e Kléber se arrastaram contra o rival.
A justificativa que a maratona de jogos foi a culpada por essa situação não se justifica pelos números. As principais estrelas do time jogaram em 2000 menos que jogadores de equipes que não acumularam tantas competições.
Edílson, por exemplo, só participou de 23 partidas depois que voltou das férias, em fevereiro.


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