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FUTEBOL
Dirigentes decidem repensar a divisão de profissionais com a seleção
Derrota leva Corinthians a reformular sua comissão
6.jun.2000 - Juca Varella/Folha Imagem
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Oliveira (esq.) e Marcelinho deixam o gramado do Morumbi |
MAÉRCIO SANTAMARINA
RAPHAEL GOMIDE
DA REPORTAGEM LOCAL
A diretoria do Corinthians planeja uma reformulação em sua
comissão técnica, exigindo de
seus integrantes dedicação exclusiva ao clube. Os profissionais, cujo contrato termina no próximo
dia 30, se dividem atualmente
com a seleção brasileira.
A reformulação começou a ser
discutida após o time ter sido eliminado de sua competição prioritária nesta temporada, a Libertadores da América, que representa
o único título importante ainda
inédito para os corintianos.
Nem o treinador Oswaldo de
Oliveira, que renunciou antes à
seleção -ele chegou a ocupar o
posto de auxiliar técnico de Wanderley Luxemburgo entre agosto
de 1998 e junho de 1999-, está
garantido no cargo.
Quando assumiu a seleção, Luxemburgo, então no Corinthians,
nomeou para a sua comissão,
além de Oliveira, outros oito funcionários do Parque São Jorge: o
consultor Valdir de Moraes, o
preparador físico Antônio Mello,
o auxiliar de preparação física
Marcos Moura Teixeira, o preparador de goleiros Paulo César
Gusmão, o médico Joaquim Grava, o fisiologista Renato Lotufo, o
massagista Carlinhos e a psicóloga Suzy Fleury. Ela e Teixeira deixaram posteriormente o clube.
""Ainda estamos abalados, sob a
emoção da eliminação pelo Palmeiras (anteontem). Como os
contratos estão para vencer, vamos refletir, usando a razão, sobre o que será melhor para o Corinthians. Vamos pôr tudo na balança", disse ontem o diretor de
futebol do clube, Carlos Nujud.
O próprio técnico Oswaldo de
Oliveira afirmou, após a terceira
eliminação da equipe em apenas
seis dias, não saber se continuará
no comando do time.
Na quinta-feira da semana passada, o Corinthians havia saído da
Copa do Brasil depois de perder
para o Botafogo-RJ por 2 a 1, no
Morumbi. Dois dias depois, foi
derrotado pelo São Paulo por 2 a
0, no mesmo estádio, sendo eliminado também do Paulista-2000.
"Isso (a saída ou não do comando do Corinthianas) não pode ser decidido agora. Vamos sentar e conversar. Vou dormir, pensar. Terei tempo para decidir",
disse Oliveira, ainda no vestiário,
abatido com a derrota de 3 a 2 para o Palmeiras e a eliminação da
Libertadores nos pênaltis.
O treinador afirmou que, com o
resultado, acabou o grande sonho
do Corinthians de conquistar a
Libertadores e o Mundial interclubes em Tóquio -visto como a
possibilidade de ratificar o Mundial da Fifa, conquistado em janeiro último. ""Ninguém se prepara para morrer", disse ele.
Para priorizar a Libertadores, o
Corinthians chegou a utilizar jogadores reservas nos dois outros
campeonatos para não esgotar fisicamente os titulares. O time disputou 42 jogos neste semestre.
Embora tenha vencido o Paulista e o Brasileiro do ano passado,
além do Mundial no início deste
ano, dividindo a comissão técnica
com a seleção, Nujud disse que
chegou a hora de pensar sobre o
que pode ser melhorado para o
Corinthians ficar mais forte no segundo semestre.
A diretoria corintiana deu folga
a todo o grupo -incluindo jogadores e comissão técnica- até o
próximo dia 19.
Até essa data, os dirigentes pretendem ter uma definição sobre
quem será ou não mantido no comando técnico do time visando
iniciar a pré-temporada para o
Campeonato Brasileiro e para a
Copa Mercosul, as duas competições que os corintianos vão disputar no segundo semestre.
No dia 22 de julho, o Corinthians terá um amistoso com o
Paris Saint-Germain, na França.
A Lazio, campeã italiana, e o
Olympiakos, campeão grego,
também poderão ser adversários
nessa excursão à Europa.
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