|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Jânio Carvalho, da palmeirense Mancha Alviverde, foi indiciado por homicídio doloso pela morte de corintiano
Presidente de torcida organizada é preso
DA REPORTAGEM LOCAL
Jânio Carvalho Santos, 25, presidente da torcida organizada
Mancha Alviverde, foi indiciado e
preso temporariamente pela
morte do corintiano Marcos Gabriel Cardoso Soares, 16.
Carvalho e mais dois torcedores
-Alessandro Almeida Borges
Ferreira, 23, e Edmilson José da
Silva, 28- foram detidos ontem
no 13º Distrito Policial, onde prestaram depoimento, e terão responder pelo crime de homicídio
doloso (com intenção). Os três
palmeirenses seriam transferidos
para o 77º DP, onde ficarão presos
nos próximos 12 dias. A prisão foi
decretada pela juíza Sílvia Maria
Martinez, do 5º Tribunal do Júri.
Carvalho foi acusado de incitar
as agressões a Marcos Soares -o
corintiano sofreu traumatismo
craniano. A acusação baseou-se
em informações de uma testemunha. Edmilson Silva e Alessandro
Ferreira foram apontados por supostamente estarem entre os
agressores de Marcos.
Segundo o delegado Ítalo Miranda Júnior, que conduz as investigações do caso, os três negaram as acusações, mas disseram
que estavam no local da agressão.
"Prenderam o Jânio para dar
um brilho na investigação. Tem
uma testemunha que disse que ele
incitou a agressão, mas tem umas
50 que dizem que não", declarou
Paulo Serdan, presidente de honra da organizada.
Além dos torcedores, o médico
Paulo Ishikawa, que fez o atendimento ao corintiano no Pronto-Socorro Municipal da Barra Funda, também foi indiciado, mas
por homicídio culposo, caracterizado pela negligência, imperícia
ou imprudência na assistência
que prestou a Soares. Após examiná-lo, o médico liberou o torcedor para ir para casa. Ishikawa
responderá em liberdade.
Apesar do indiciamento dos
três palmeirenses e do médico, a
investigação continuará. A polícia
apura se houve outros agressores.
Soares foi agredido numa briga
entre corintianos e palmeirenses
que ocorreu próximo à estação
Barra Funda de metrô (zona oeste
de São Paulo), em 2 de maio, horas antes do clássico.
No dia seguinte, o torcedor sentiu-se mal e foi internado em estado crítico no Hospital Santa Cecília. Seis horas depois, morreu durante uma cirurgia no cérebro.
O caso ocorreu após a volta das
torcidas organizadas. No Campeonato Paulista-04, a FPF propôs que elas voltassem a se manifestar nos estádios paulistas caso
aceitassem elaborar e entregar às
autoridades um cadastro com os
nomes de seus integrantes. A
Mancha aderiu ao acordo.
Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Natação: Atleta acusa médico de prescrever doping Índice
|