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Baderneiros são deportados antes mesmo de Copa começarArgentinos de organizadas tinham antecedentes criminais
GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES
A polícia da África do Sul
decidiu deportar dez torcedores argentinos que chegaram ao país anteontem para
assistir aos jogos da Copa.
Parte deles tem antecedentes criminais e todos pertencem às "barras bravas",
facções de torcedores conhecidos pelo fanatismo e pelo
comportamento violento nos
estádios. Um deles cumpria
pena em liberdade condicional e outro já foi processado
por tentativa de homicídio.
Os deportados integravam
uma comitiva de 80 membros das Torcidas Unidas Argentinas, ONG fundada por
militantes políticos próximos
à presidente Cristina Kirchner e que levará ao todo 240
"barras" ao Mundial.
O governo, no entanto, nega que tenha patrocinado ou
apoiado a viagem e diz que
deu uma lista com nomes dos
torcedores perigosos às autoridades sul-africanas para
colaborar com a segurança.
Entre os deportados, está
Sergio Roldán, torcedor do
San Martín de Tucumán que
cumpria pena em liberdade
condicional pelo homicídio
de um menino de 13 anos,
que era torcedor adversário.
A polícia argentina não
soube esclarecer se Roldán
viajou com passaporte falso
ou se houve falha no controle
de migração do aeroporto.
Ele não tinha autorização da Justiça para deixar o país.
Outro torcedor que teve de
dar meia volta é Julio César Navarro, líder de facção torcedora do Rosário Central.
Ele responde a processo por
incidentes ocorridos durante
a partida entre Argentina e
Brasil pelas eliminatórias.
Há dez dias, outro grupo
com 40 "barras" chegou à
África no mesmo avião que a
seleção argentina. Mas a AFA
(Associação de Futebol Argentino) negou qualquer relação com os torcedores.
Oito policiais federais argentinos viajaram à África do Sul para ajudar autoridades
locais com os baderneiros.
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