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MEMÓRIA
Afastamento de dirigentes é caso raro no esporte
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto na política brasileira o impeachment atingiu de
prefeito até um presidente, no
futebol os casos são raros.
Em 1998, a Lusa estava prestes a detonar o processo sobre
Manuel Gonçalves Pacheco,
presidente acusado de irregularidades na venda do meia-atacante Rodrigo Fabri e do meia
Zé Roberto. O dirigente, porém, se afastou antes disso.
No caso do flamenguista Edmundo Santos Silva, porém, há
um acúmulo de acusações.
Antes de fechar com a empresa suíça ISL, ele já havia estourado o orçamento do clube,
ao montar sem autorização
equipes de basquete e vôlei.
Depois do acerto com a ISL,
em 2000, Santos Silva continuou a gastar mais, ao contratar, entre outros, Gamarra,
Edílson e Petkovic, mas, em vários momentos, atrasou os salários. Apesar das estrelas, o time foi mal nos torneios. Hoje,
com equipe modesta, é o melhor da Copa dos Campeões.
A comprovação do depósito
de US$ 1,5 milhão em conta nas
ilhas Cayman levou o dirigente
a depor na CPI do Futebol,
criada pelo Senado. Santos Silva argumentou que o dinheiro
era para o pagar Petkovic.
Essa mesma CPI sugeriu o
impeachment de outro dirigente esportivo, Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Para
isso, seriam necessários 75%
dos votos da Assembléia Geral,
base eleitoral de Teixeira.
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