São Paulo, segunda-feira, 08 de julho de 2002

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MEMÓRIA

Afastamento de dirigentes é caso raro no esporte

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto na política brasileira o impeachment atingiu de prefeito até um presidente, no futebol os casos são raros.
Em 1998, a Lusa estava prestes a detonar o processo sobre Manuel Gonçalves Pacheco, presidente acusado de irregularidades na venda do meia-atacante Rodrigo Fabri e do meia Zé Roberto. O dirigente, porém, se afastou antes disso.
No caso do flamenguista Edmundo Santos Silva, porém, há um acúmulo de acusações.
Antes de fechar com a empresa suíça ISL, ele já havia estourado o orçamento do clube, ao montar sem autorização equipes de basquete e vôlei.
Depois do acerto com a ISL, em 2000, Santos Silva continuou a gastar mais, ao contratar, entre outros, Gamarra, Edílson e Petkovic, mas, em vários momentos, atrasou os salários. Apesar das estrelas, o time foi mal nos torneios. Hoje, com equipe modesta, é o melhor da Copa dos Campeões.
A comprovação do depósito de US$ 1,5 milhão em conta nas ilhas Cayman levou o dirigente a depor na CPI do Futebol, criada pelo Senado. Santos Silva argumentou que o dinheiro era para o pagar Petkovic.
Essa mesma CPI sugeriu o impeachment de outro dirigente esportivo, Ricardo Teixeira, presidente da CBF. Para isso, seriam necessários 75% dos votos da Assembléia Geral, base eleitoral de Teixeira.



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