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São Paulo, terça-feira, 08 de julho de 2003

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Na apresentação, "teatro" perde para seriedade

DO ENVIADO AO RIO
E DA SUCURSAL DO RIO

A candidatura de São Paulo apostou na teatralidade e na emoção para tentar vencer os cariocas, mas não obteve sucesso.
Para conseguir convencer os dirigentes da viabilidade do projeto da cidade, os paulistas contaram com o reforço de Irene Ravache.
A atriz realizava pequenas intervenções teatrais e chegou a surpreender ao correr no palco do salão do BNDES durante uma das suas interpretações.
Além da atriz, a Prefeitura de São Paulo contratou o diretor José Possi Neto para idealizar e preparar toda a apresentação.
A força econômica da cidade e a série de atletas paulistas importantes na história do esporte brasileiro foram os principais trunfos da apresentação de São Paulo.
Na defesa da cidade, Neto também decidiu apelar para a emoção. Ele lembrou com imagens e depoimentos o piloto Ayrton Senna e os saltadores Adhemar Ferreira da Silva e João do Pulo, todos já mortos. O saltador Nelson Prudêncio foi o único atleta a subir no palco e homenagear os seus ex-companheiros de atletismo, em um dos momentos mais emocionantes da apresentação.
Segundo a asssessoria do comitê paulista, foi escolhido esse formato por se considerar que os eleitores já teriam lido as informações do dossiê de candidatura.
Contrastando com os paulistas, os cariocas preferiram fazer uma defesa mais séria e técnica de sua candidatura. Sem atores, o Rio contou apenas com a participação de técnicos da prefeitura e com discursos de políticos.
O prefeito Cesar Maia fez um discurso defendendo a candidatura e apareceu em um vídeo, sobrevoando a cidade de helicóptero e apresentando as principais áreas do projeto carioca.
Enquanto os paulistas comparavam as candidaturas, o Rio quase não citou São Paulo em sua exibição. Isso só aconteceu no último depoimento exibido. No vídeo, um anônimo aparece dizendo que é paulista, mas que apoiava a candidatura do Rio.
"Me desculpem meus conterrâneos, mas com a candidatura do Rio não tem para ninguém", declarou o anônimo, levando os cariocas às gargalhadas. (EO E SR)


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