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São Paulo, terça-feira, 08 de julho de 2003

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VÔLEI

Seleção pega a Bulgária, zebra do torneio e seu rival mais fraco no Grupo F

Jogo fácil assusta Brasil no 1º duelo decisivo pela Liga

Alexandre Arruda/Divulgação
Equipe brasileira treina em Madri para o jogo contra a Bulgária


MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

O adversário mais fraco se transformou em pesadelo para o técnico Bernardinho na estréia do Brasil nas finais da Liga Mundial.
O time, que também jogará contra as potências Rússia e Itália, faz o primeiro jogo hoje, contra a Bulgária, às 8h, em Madri (ESP).
Os búlgaros são a grande zebra do torneio deste ano e têm como pontos fortes os fundamentos que atormentaram a seleção brasileira na fase classificatória: saque forçado e bloqueio eficiente.
Três de seus atletas figuram entre os dez melhores sacadores da Liga -Nikolov (segundo, com média de 0,73 ace por set), Ivanov (quarto, com 0,46) e Konstantinov (oitavo, com 0,40). Do Brasil, o mais bem colocado é Anderson, na 33ª posição, com média de 0,20. Ele será reserva hoje.
No bloqueio também há um abismo entre os times. Ivanov é o líder, com média de 1,35 ponto por set. Antes de Rodrigão, o 28º colocado (0,42), a Bulgária ainda emplaca Tsvetanov, em 11º (0,67), e Konstantinov, em 27º (0,44).
O time búlgaro possui também o maior pontuador da Liga, Nikolov, que já anotou 210 pontos. Giba é o melhor brasileiro, com 156.
"O saque deles é muito forte. Por isso é fundamental termos paciência e não nos desesperarmos", disse o central Henrique.
Os destaques individuais ratificam a boa campanha búlgara. O time, vindo de um fraco 13º posto no Mundial-2002, foi o segundo no Grupo C. Para isso, bateu três vezes a atual campeã olímpica, Sérvia e Montenegro (ex-Iugoslávia), a primeira colocada.
O Brasil teve desempenho mais contundente, foi o primeiro do Grupo B e fez a melhor campanha da fase de classificação (dez vitórias, duas derrotas, 32 sets pró e 13 sets contra). A Rússia, próxima adversária brasileira e campeã do Grupo A, venceu um set a menos.
Após pegar os russos, o Brasil terá de passar pela Itália para avançar à semifinal, no sábado. A final será no domingo. Este é o grupo mais difícil do Brasil sob o comando de Bernardinho.
Na campanha do bi, na Polônia, em 2001, o time pegou a ex-Iugoslávia, a França e a dona da casa. No vice de 2002, bateu a Rússia e as fracas Espanha e Holanda. A segunda fase foi no Recife (PE).
A divisão dos grupos deste ano irritou o técnico brasileiro, que reclamou do favorecimento da Espanha. O país-sede das finais enfrentará Sérvia e Montenegro e as fracas Grécia e República Tcheca.
Mas, tradicionalmente, os donos da casa levam vantagem na segunda fase da Liga. Pelo critério normalmente usado pela federação internacional, o país-sede enfrenta os times com a quarta, a quinta e a oitava melhor campanha, independentemente de sua posição na primeira etapa. Os demais ficam na outra chave.

NA TV - Brasil x Bulgária, Sportv, ao vivo, às 8h


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