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São Paulo, terça-feira, 08 de julho de 2003

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FUTEBOL

Relator de comissão do Senado que devassou entidade, Geraldo Althoff é autor de pedido à Justiça para frear eleição

Ex-senador da CPI puxa ações contra CBF

FÁBIO VICTOR
DO PAINEL FC

A promessa dos opositores de Ricardo Teixeira de uma enxurrada de ações judiciais para impedir a realização das eleições da CBF começou a se concretizar ontem.
E quem puxou a lista foi o ex-senador Geraldo Althoff, autor de uma ação popular impetrada em primeira instância, na 15ª Vara Cível (Brasília) da Justiça do DF.
Althoff foi o relator da extinta CPI do Futebol, no Senado, que investigou os subterrâneos do esporte mais popular do país e, desde então, se transformou em grande aliado dos adversários de Teixeira, o presidente da CBF que busca amanhã seu quinto mandato à frente da confederação.
Além da ação em Brasília, Althof também tem ligação com uma outra, acolhida pela Justiça de Santa Catarina. O autor é Celso Geraldo Antunes Meneghel, assessor do ex-senador.
Em ambos os casos, as ações questionam a legalidade do colégio eleitoral da CBF, que estaria em desacordo com a Lei Pelé. Pelo estatuto da entidade, só podem votar as 27 federações estaduais e os 24 clubes da primeira divisão, mas os autores argumentam que a legislação brasileira (artigo 22 da Lei Pelé) determina que o colégio eleitoral deve ser "constituído de todos os filiados no gozo de seus direitos, admitida a diferenciação de valor dos seus votos".
A novidade é que as ações também reclamam a inelegibilidade de Teixeira e Nabi Abi Chedid, vice-presidente da CBF que ocupa interinamente o posto de presidente. Nesse caso, o argumento é que ambos descumpriram artigos do Estatuto do Torcedor, em vigor desde maio passado.
O grupo político de Althoff, que inclui, entre outros, o ex-secretário-executivo do Ministério do Esporte, José Luiz Portella, entraria com uma ação também na Justiça de São Paulo, mas, até o fechamento desta edição, a reportagem não conseguiu confirmá-la.
Um dos pretensos candidatos nas eleições, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto de Oliveira, também entraria com pedidos semelhantes na Justiça do Rio de Janeiro. Oliveira já teve negado, na semana passada, um pedido de liminar contra Teixeira na Justiça paulista. Na ação, o cartola pernambucano igualmente usou como objeto o descumprimento do Estatuto do Torcedor.
Ontem, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva indeferiu pedido de Oliveira para ampliar o colégio eleitoral da CBF -alegou que não tinha competência para julgar o caso.


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