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FUTEBOL
Relator de comissão do Senado que devassou entidade, Geraldo Althoff é autor de pedido à Justiça para frear eleição
Ex-senador da CPI puxa ações contra CBF
FÁBIO VICTOR
DO PAINEL FC
A promessa dos opositores de
Ricardo Teixeira de uma enxurrada de ações judiciais para impedir
a realização das eleições da CBF
começou a se concretizar ontem.
E quem puxou a lista foi o ex-senador Geraldo Althoff, autor de
uma ação popular impetrada em
primeira instância, na 15ª Vara
Cível (Brasília) da Justiça do DF.
Althoff foi o relator da extinta
CPI do Futebol, no Senado, que
investigou os subterrâneos do esporte mais popular do país e, desde então, se transformou em
grande aliado dos adversários de
Teixeira, o presidente da CBF que
busca amanhã seu quinto mandato à frente da confederação.
Além da ação em Brasília, Althof também tem ligação com
uma outra, acolhida pela Justiça
de Santa Catarina. O autor é Celso
Geraldo Antunes Meneghel, assessor do ex-senador.
Em ambos os casos, as ações
questionam a legalidade do colégio eleitoral da CBF, que estaria
em desacordo com a Lei Pelé. Pelo
estatuto da entidade, só podem
votar as 27 federações estaduais e
os 24 clubes da primeira divisão,
mas os autores argumentam que
a legislação brasileira (artigo 22 da
Lei Pelé) determina que o colégio
eleitoral deve ser "constituído de
todos os filiados no gozo de seus
direitos, admitida a diferenciação
de valor dos seus votos".
A novidade é que as ações também reclamam a inelegibilidade
de Teixeira e Nabi Abi Chedid, vice-presidente da CBF que ocupa
interinamente o posto de presidente. Nesse caso, o argumento é
que ambos descumpriram artigos
do Estatuto do Torcedor, em vigor desde maio passado.
O grupo político de Althoff, que
inclui, entre outros, o ex-secretário-executivo do Ministério do
Esporte, José Luiz Portella, entraria com uma ação também na Justiça de São Paulo, mas, até o fechamento desta edição, a reportagem não conseguiu confirmá-la.
Um dos pretensos candidatos
nas eleições, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol,
Carlos Alberto de Oliveira, também entraria com pedidos semelhantes na Justiça do Rio de Janeiro. Oliveira já teve negado, na semana passada, um pedido de liminar contra Teixeira na Justiça
paulista. Na ação, o cartola pernambucano igualmente usou como objeto o descumprimento do
Estatuto do Torcedor.
Ontem, o Superior Tribunal de
Justiça Desportiva indeferiu pedido de Oliveira para ampliar o colégio eleitoral da CBF -alegou
que não tinha competência para
julgar o caso.
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