São Paulo, domingo, 08 de julho de 2007

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JUCA KFOURI

O importante é a classificação!

O que você lerá aqui saiu em meu blog, depois do jogo com o Equador. E os leitores gostaram da ironia

DUNGA FEZ tudo certo.
Se a seleção da CBF poderia perder até por dois gols de diferença do fortíssimo Equador, por que arriscar?
E escalou seu quarteto mágico com Gilberto Silva, Mineiro, Josué e Júlio Baptista.
Houve quem chamasse de quarteto trágico, por puro despeito.
E o time deu conta do recado. O insinuante ataque equatoriano só teve duas chances de gol. E, assim mesmo, uma delas graças a uma rara saída infeliz do grande Doni, dono absoluto da camisa 1, embora a dele seja, por descuido, a 12.
Também a seleção da CBF teve chances de gol, com Vágner Love (duas vezes), Robinho e Júlio Baptista, apelidado "a Besta". O que interessava, no entanto, acontecia: 0 a 0 no primeiro tempo!
E não me venham com essa história de que o Equador perdeu para o Chile e para o México, porque cada jogo tem sua história, ora bolas!
E tanto isso é verdade que Telê Santana, digo, Dunga, voltou para o segundo tempo com o mesmo time, porque felizmente tinha deixado Diego e Anderson, que pensam que futebol é arte, no banco, depois de tirá-los nos intervalos das partidas diante de México e Chile.
O esquema deu tão certo que o segundo tempo começou no mesmíssimo diapasão. Pena que Robinho tratou de quebrar a magia, ao pedalar na frente de um equatoriano, que o segurou, e o árbitro marcou pênalti.
O próprio Robinho bateu e fez 1 a 0, o que, rigorosamente, não era necessário. Aliás, ele marcou seu quarto gol na Copa América, o quarto da seleção da CBF.
Só que neste sábado começa o mata-mata, e talvez o banco seja um bom lugar para ele. Porque, definitivamente, não podemos correr riscos. E vamos pegar o exuberante Chile, que, como se sabe, joga com duas linhas de quatro. Um perigo!

As notas
Dunga. O comandante deve vir na frente. E você vai ter de engoli-lo: nota 10, é claro.
Doni. Sinônimo de segurança: 9.
Daniel Alves. O novo Carlos Alberto Torres: 8.
Alex Silva. Só não é melhor, na zaga do São Paulo, que Miranda: 7.
Alex. Fez um pênalti bobo: 7.
Juan. Não deu um pontapé e não deixou Diego entrar no lugar de Júlio Baptista porque havia um escanteio: 4.
Gilberto. Tão bom como Nilton Santos: 8.
Kléber. Entrou e tem talento demais para jogar neste time: 6.
Gilberto Silva. Não deixa sentir saudades de Falcão: 7.
Mineiro. Como um Zito: 7.
Josué. Didi redivivo: 7.
Júlio Baptista. Bestas somos nós: nota 8.
Diego. Entrou apenas para comprovar que nosso grande Dunga não é rancoroso: 4.
Robinho. Só firulas e um gol (argh!): 3.
Vágner Love. Quase fez dois: 5.
Comportamento da torcida venezuelana, que vaiou o tempo inteiro porque entende é de beisebol: zero.
Condições do gramado. Sem nota, porque não provei.

blogdojuca@uol.com.br


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