Após entrar no 2º tempo, Luiz Henrique marca aos 49min e derruba Náutico

Náutico 0
Palmeiras 1

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma nova batalha, e mais uma vez não foi o Náutico quem comemorou a vitória épica. Debaixo de muita chuva e sobre a lama que castigou o gramado do estádio dos Aflitos, em Recife, o atacante Luiz Henrique, estreante da noite, entrou no segundo tempo e marcou aos 49min o gol salvador.
O placar garantiu ao Palmeiras o terceiro triunfo seguido no Brasileiro e a chegada à zona da Libertadores. O time é o quarto colocado (17 pontos).
"Trabalhei para acontecer isso. Fico muito feliz por marcar esse gol no finalzinho", celebrava ainda no campo o recém-chegado jogador.
Não que a partida tenha lembrado em seu contexto o que Grêmio e Náutico fizeram em 2005, quando os gaúchos garantiram o acesso à elite nacional em inferioridade numérica e após os pernambucanos desperdiçarem um pênalti.
Ontem, não houve expulsões nem penalidades. Sobrou, na verdade, muita lama e pouco futebol. E faltas. Foram oito cartões amarelos distribuídos, seis apenas para os paulistas.
O time armado por Caio Júnior foi praticamente o mesmo das duas vitórias nas últimas apresentações da equipe. Exceção feita a Pierre, suspenso, que deu lugar a Makelele.
Mas o problema que fez o futebol mostrado pelo Palmeiras ficar aquém do esperado foi o gramado dos Aflitos, que nem de longe lembrava os de Morumbi e Parque Antarctica, palcos dos triunfos anteriores.
Bastante castigado pela forte chuva que caiu em Recife antes e durante a partida, o campo tornou-se protagonista no lugar dos atletas.
O Náutico abusou dos cruzamentos. Já o Palmeiras nada criou de efetivo, exceto um chute de Caio no início do duelo, que passou por cima do travessão do arqueiro Rodolpho.
Se não produzia, o time alviverde também abusava das faltas. O trio de volantes impedia qualquer tentativa de contra-ataque rival com infrações.
Dois deles, Wendel e Martinez, receberam amarelo, sendo que este último levou seu terceiro e está fora do jogo contra o Grêmio. O atacante Luís também ganhou o dele.
Diante da inércia de sua equipe, Caio Júnior colocou alguns reservas para aquecerem já aos 37min de partida.
Leandro entrou no segundo tempo, no lugar de Valmir. O Náutico mexeu no ataque. Trocou Felipe por Marcelinho.
Vendo que até os 15min pouca coisa mudara -só a chuva aumentou-, o técnico palmeirense resolveu ousar um pouco. Tirou o volante Wendel e pôs o meia Deyvid. Depois, o lesionado Luís deu lugar para o estreante Luiz Henrique.
E veio do ex-matador do São Caetano o tento milagroso, já nos acréscimos do árbitro Djalma José Beltrami Teixeira -por sinal, o mesmo da Batalha dos Aflitos original.
Depois de disputar a bola com a zaga, o atleta bateu firme, no canto direito de Rodolpho, e obteve a consagração na primeira vez com o novo clube.


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