São Paulo, terça-feira, 08 de julho de 2008

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Uma prévia de Pequim


Principais equipes do mundo, com desfalque da Rússia, disputam as finais do Grand Prix feminino, no Japão

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

DA ELITE do vôlei, só a Rússia não estará na fase final do Grand Prix, que começa hoje, no Japão. As russas optaram por não disputar o torneio. O Brasil estréia contra os EUA. Na primeira rodada, já tem duelo decisivo: China x Itália. Cuba pega o Japão, anfitrião e "café com leite" da turma.
Quem viu o jogo entre Brasil e China, anteontem, tem motivos para estar otimista. Foi uma das melhores apresentações da história do vôlei feminino brasileiro. Uma vitória por 3 a 0 sobre as campeãs olímpicas na qual o time beirou a perfeição: só teve seis erros na partida.
O Brasil jogou com um time alto e deve repetir a formação hoje: Jaqueline, 1,86 m, e Mari, 1,88 m, nas pontas; Sheilla, 1,85 m, como oposto; as centrais Thaísa, 1,96 m, e Walewska, 1,90 m; e a "baixinha" Fofão, 1,73 m.
O surpreendente é que o Brasil mostrou ótima recepção. Mari e Jaqueline fizeram bela linha de recepção com a líbero Fabi. Com o passe na mão, Fofão deu show e usou bem a sensação do ataque brasileiro: bolas rápidas, do fundo pelo meio.
Mas quem está surpreendendo mesmo é Thaísa, 21 anos. Entrou para brigar pela terceira vaga de central com Carol Gattaz. Foi além. Ganhou a posição de Fabiana. Entrou no terceiro set do jogo contra a República Dominicana e não saiu mais. Foi titular contra o Japão e a China.
Thaísa saca bem, tem um ataque poderoso e é um paredão no bloqueio. A China sofreu com a rede que reunia Thaísa, Sheilla e Mari. A gigante chinesa, Zhao Rui Rui, que tem o mesmo 1,96 m de Thaísa, só fez oito pontos de ataque no jogo. O Brasil fez 12 pontos de bloqueio.
Na fase final, as seis seleções se enfrentam. Quem tiver a melhor campanha fica com o título. Dos finalistas, o Brasil só enfrentou China e Japão. Dos rivais, a Itália é a que mais assusta. Tem a oposto Taismary Aguero, que é um show, e uma grande levantadora, Eleonora Lo Bianco.
Na segunda rodada, o Brasil já vai enfrentar a Itália e, em seguida, pega a China. Ou seja, até a terceira rodada Brasil, Itália e China já vão ter se enfrentado e, quem sabe, já seja até possível apontar o campeão.

QUE PRÊMIO!
Ser o líder da fase de classificação do Grand Prix não trouxe benefícios para a seleção brasileira. O lógico seria que enfrentasse a China, segunda colocada, e a Itália, terceira, nas últimas rodadas. Mas o "prêmio" foi fazer o encerramento contra o Japão, anfitrião.

SURPRESA TURCA
A Turquia não chegou à fase final, mas surpreendeu. Ficou em sexto lugar, na frente de Alemanha, República Dominicana e Polônia. A estrela do time é Seda Tokatlioglu, 22 anos e 1,92 m, a maior pontuadora do torneio, com 152 pontos. Ninguém bateu tantas bolas como ela: 315 em nove jogos.


cidasan@uol.com.br


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