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Uma prévia de Pequim
Principais equipes do mundo, com desfalque da Rússia, disputam as finais do Grand Prix feminino, no Japão
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CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
DA ELITE do vôlei, só a Rússia
não estará na fase final do
Grand Prix, que começa hoje, no Japão. As russas optaram por
não disputar o torneio. O Brasil estréia contra os EUA. Na primeira rodada, já tem duelo decisivo: China x Itália. Cuba pega o Japão, anfitrião e
"café com leite" da turma.
Quem viu o jogo entre Brasil e
China, anteontem, tem motivos para estar otimista. Foi uma das melhores apresentações da história do
vôlei feminino brasileiro. Uma vitória por 3 a 0 sobre as campeãs olímpicas na qual o time beirou a perfeição: só teve seis erros na partida.
O Brasil jogou com um time alto e
deve repetir a formação hoje: Jaqueline, 1,86 m, e Mari, 1,88 m, nas pontas; Sheilla, 1,85 m, como oposto; as
centrais Thaísa, 1,96 m, e Walewska,
1,90 m; e a "baixinha" Fofão, 1,73 m.
O surpreendente é que o Brasil
mostrou ótima recepção. Mari e Jaqueline fizeram bela linha de recepção com a líbero Fabi. Com o passe
na mão, Fofão deu show e usou bem
a sensação do ataque brasileiro: bolas rápidas, do fundo pelo meio.
Mas quem está surpreendendo
mesmo é Thaísa, 21 anos. Entrou para brigar pela terceira vaga de central com Carol Gattaz. Foi além. Ganhou a posição de Fabiana. Entrou
no terceiro set do jogo contra a República Dominicana e não saiu mais.
Foi titular contra o Japão e a China.
Thaísa saca bem, tem um ataque
poderoso e é um paredão no bloqueio. A China sofreu com a rede
que reunia Thaísa, Sheilla e Mari. A
gigante chinesa, Zhao Rui Rui, que
tem o mesmo 1,96 m de Thaísa, só
fez oito pontos de ataque no jogo. O
Brasil fez 12 pontos de bloqueio.
Na fase final, as seis seleções se enfrentam. Quem tiver a melhor campanha fica com o título. Dos finalistas, o Brasil só enfrentou China e Japão. Dos rivais, a Itália é a que mais
assusta. Tem a oposto Taismary
Aguero, que é um show, e uma grande levantadora, Eleonora Lo Bianco.
Na segunda rodada, o Brasil já vai
enfrentar a Itália e, em seguida, pega
a China. Ou seja, até a terceira rodada Brasil, Itália e China já vão ter se
enfrentado e, quem sabe, já seja até
possível apontar o campeão.
QUE PRÊMIO!
Ser o líder da fase de classificação
do Grand Prix não trouxe benefícios para a seleção brasileira. O lógico seria que enfrentasse a China,
segunda colocada, e a Itália, terceira, nas últimas rodadas. Mas o
"prêmio" foi fazer o encerramento
contra o Japão, anfitrião.
SURPRESA TURCA
A Turquia não chegou à fase final,
mas surpreendeu. Ficou em sexto
lugar, na frente de Alemanha, República Dominicana e Polônia. A
estrela do time é Seda Tokatlioglu,
22 anos e 1,92 m, a maior pontuadora do torneio, com 152 pontos.
Ninguém bateu tantas bolas como
ela: 315 em nove jogos.
cidasan@uol.com.br
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