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Pequim 2008 / Vôlei e vôlei de praia
Ponto de Confiança
O bloqueio pára o ataque adversário e aumenta o moral da equipe no vôlei
FABIO GRIJÓ
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Os braços ultrapassam a rede
que divide a quadra. Sobem o
máximo que conseguem. Tentam impedir ou, pelo menos,
amortecer o ataque oponente.
Parar o adversário no bloqueio, além do ponto, aumenta
a confiança do jogador e do time que obteve o feito. É como
se fosse um jogo à parte. Ali, o
bloqueador venceu.
Isso pode ajudar sua equipe a
deslanchar no set ou, mesmo,
buscar a reação se estiver atrás
no placar. Pode transformar o
jogo completamente.
A peça-chave para o bloqueio
é o central, atleta que fica no
meio da rede e geralmente o de
maior estatura. É ele quem tem
a tarefa de "ler" mais as jogadas
do levantador do outro time.
Na prática, isso significa perceber para onde a bola será levantada. O central compõe o
bloqueio com os jogadores das
pontas na maioria das vezes.
A tática da "leitura" do jogo
determina as ações na hora do
bloqueio. Os jogadores da rede,
os que bloqueiam, combinam
com os que estão atrás da linha
de três metros naquela ocasião
como será a marcação do ataque rival. Os bloqueadores podem optar pela paralela ou pela
diagonal, de acordo com o rumo que toma a cortada do jogador da equipe oponente.
Na praia, a tarefa de bloquear
é mais complicada -afinal, são
apenas dois jogadores dividindo o mesmo lado da rede. E
apenas um sobe na ação. O outro fica na defesa, atrás.
"Na verdade, o bloqueio na
quadra e na praia são muito diferentes. Pelo menos, no feminino, é assim. A quadra é enorme, então a adversária pode
dar uma largada em qualquer
lugar. E é responsabilidade da
bloqueadora ficar atenta a essas largadas", afirma Talita,
que que conquistou a vaga
olímpica em Pequim no final
de semana, ao lado de Renata.
Para superar a dificuldade na
areia, onde o jogo feminino
tem menos força que o masculino -e, portanto, está mais
suscetível a bolas largadas-, as
atletas usam alternativas.
"Às vezes, eu tenho que fazer
o "reco". Eu finjo que vou subir
no bloqueio para enganar a adversária, mas recuo para pegar
a largada", conta Talita.
Entre os homens, que jogam
com ataques mais potentes, o
bloqueio pode se tornar mais
decisivo numa partida tanto na
quadra quanto na praia. Só a
defesa, no fundo, pode não ser
capaz de recuperar a bola e
propiciar o contra-ataque.
"No vôlei de praia masculino,
eu acho que o bloqueio é bem
parecido com o da quadra. Não
tem tanta largada. Eles trabalham muito mais com a força",
afirma Talita, 25, que foi meio-de-rede no vôlei de quadra,
mas joga na areia desde os 18.
Em sua dupla, Talita é responsável pelo bloqueio, com
Renata mais posicionada na
defesa, no fundo de quadra.
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