São Paulo, sexta, 8 de agosto de 1997.



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Saiba por que Havelange reage

da Reportagem Local

A aprovação da lei Pelé poderá significar para João Havelange a perda do último grande reduto de poder que poderia ter depois da Copa do Mundo da França, no ano que vem: o Brasil.
Em junho próximo, termina seu mandato e, até agora Havelange vem negando que vá se candidatar a um sétimo período.
Nesse momento, o sueco Lennart Johansson, presidente da Uefa e adversário do brasileiro, é o nome mais forte à sucessão.
Havelange, que nos anos 70 liderou uma revolução que multiplicou o tamanho do negócio do futebol, é apontado hoje por seus críticos como uma pessoa superada.
Se for alterada a estrutura do futebol no Brasil, sairá enfraquecido o seu grupo, cuja principal figura é Ricardo Teixeira, seu ex-genro e presidente da CBF.
Da mesma forma que Teixeira é criticado algumas vezes por sua ligação com a empresa Traffic, Havelange sofre ataques porque a empresa de marketing que mais serve à Fifa, a ISL, é de propriedade do seu amigo alemão Adi Dassler, ex-dono da Adidas.
Idéias
No Brasil, Havelange está ligado ao que existe de mais conservador no futebol.
Apesar do sucesso verificado na Europa, Havelange é contra a transformação dos clubes em empresas.
Usa como exemplo o Fluminense, seu clube de coração. Se fosse empresa, diz, o Flu já teria falido. Como clube, continua aberto.
Também é um defensor do passe e do poder absoluto da Fifa. (MD)



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