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Saiba por que Havelange reage
da Reportagem Local
A aprovação da lei Pelé poderá
significar para João Havelange a
perda do último grande reduto de
poder que poderia ter depois da
Copa do Mundo da França, no ano
que vem: o Brasil.
Em junho próximo, termina seu
mandato e, até agora Havelange
vem negando que vá se candidatar
a um sétimo período.
Nesse momento, o sueco Lennart Johansson, presidente da Uefa e adversário do brasileiro, é o
nome mais forte à sucessão.
Havelange, que nos anos 70 liderou uma revolução que multiplicou o tamanho do negócio do futebol, é apontado hoje por seus críticos como uma pessoa superada.
Se for alterada a estrutura do futebol no Brasil, sairá enfraquecido
o seu grupo, cuja principal figura é
Ricardo Teixeira, seu ex-genro e
presidente da CBF.
Da mesma forma que Teixeira é
criticado algumas vezes por sua ligação com a empresa Traffic, Havelange sofre ataques porque a
empresa de marketing que mais
serve à Fifa, a ISL, é de propriedade
do seu amigo alemão Adi Dassler,
ex-dono da Adidas.
Idéias
No Brasil, Havelange está ligado
ao que existe de mais conservador
no futebol.
Apesar do sucesso verificado na
Europa, Havelange é contra a
transformação dos clubes em empresas.
Usa como exemplo o Fluminense, seu clube de coração. Se fosse
empresa, diz, o Flu já teria falido.
Como clube, continua aberto.
Também é um defensor do passe
e do poder absoluto da Fifa.
(MD)
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