São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2004

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Maiores Estados abrigam treinamento de 60%

DA REPORTAGEM LOCAL

E DOS ENVIADOS A ATENAS

Se perdem espaço no fornecimento de atletas para o Brasil olímpico, os grandes centros ainda são os principais pólos de treinamento. Os Estados de São Paulo e Rio são os locais de prática de quase 60% da equipe de Atenas.
No caso do atletismo, corredores costumam abandonar o local em que nasceram para procurar instalações com boa estrutura.
Foi exatamente o que ocorreu com Keila da Silva Costa. Especialista no salto em distância, ela decidiu abandonar Abreu e Lima, em Pernambuco, quando fraturou a tíbia em um treinamento.
O acidente fez com que ela perdesse a chance de disputar o Pan de Santo Domingo-03. Para evitar outras surpresas, mudou-se para Presidente Prudente (SP), um dos principais centros da modalidade.
Hoje ela treina em uma das melhores pistas do Brasil, tem acompanhamento de fisioterapeutas e está assegurada na Olimpíada.
Apesar da crise financeira de seus clubes, o Rio também consegue segurar muitos atletas.
Um exemplo vem da piscina. Recordista brasileira e sul-americana dos 200 m livre, Mariana Brochado recebeu propostas de várias agremiações do país, mas preferiu fincar base no clube onde deu suas primeiras braçadas aos quatro anos: o Flamengo.
Nesse cenário, são raros os casos de centros de excelência em cidades com menos tradição no esporte. Um modelo é Belém. A prefeitura e o governo do Estado criaram programas de incentivo ao boxe. O resultado é que dois dos cinco integrantes do time brasileiro na Grécia são de lá.
Trabalhar no exterior é outro caminho. Dos 245 componentes do time brasileiro, 38 ganham a vida em outro país. E costumam aproveitar a estadia para aprimorar alguma outra profissão.
Carolina de Moraes, do dueto do nado sincronizado, formou-se em artes plásticas na Universidade de Ohio, nos EUA, onde morou por quatro anos. A irmã e parceira, Isabela, seguiu uma linha diferente e se tornou bióloga. (PC, GR E RD)



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