São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2004

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EUA-84 cativaram Bernardinho

DA REPORTAGEM LOCAL

A inspiração que o técnico Bernardinho usa para tentar manter a seleção masculina como a melhor do mundo remonta à sua mais marcante derrota como jogador. Os EUA que foram campeões olímpicos nos Jogos de 1984 são apontados por ele como a melhor equipe de todos os tempos.
"Eles não tinham ninguém que carregasse a equipe nas costas. Até mesmo o Kiraly, que era um jogador fantástico, jogava por causa do conjunto. É a seleção mais completa, na minha opinião", afirmou o treinador.
Em 1984, nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, o Brasil, que se firmava como uma grande força do vôlei internacional, perdeu a medalha de ouro para os comandados do técnico Doug Beal.
Naquele ano, Bernardinho era o levantador reserva do time que, com William, Bernard, Renan, Xandó, Montanaro e cia., acabou entrando para a história como a geração de prata.
Karch Kiraly seria, mais de 15 anos após a conquista, apontado como o melhor jogador do século.
Sua equipe, no entanto, não mereceu a mesma honra. A geração italiana que dominou o vôlei de 1990 a 1998, mas nunca conquistou um ouro olímpico, foi a eleita pela federação internacional.
O exemplo que guardou da equipe de 1984, Bernardinho busca aplicar hoje à seleção brasileira que busca o lugar mais alto do pódio em Atenas. O técnico tenta afastar do time a idéia de que um jogador possa ser o "salvador" e insiste que precisa ter 12 titulares.
"Foi assim que eles ganharam, 12 ótimos jogadores comandados por um grande técnico."
Na última vez em que encontrou Doug Beal em quadra, Bernardinho levou a melhor e venceu com facilidade, por 3 a 0, na Copa do Mundo do Japão. Daquele torneio, realizado em 2003, o Brasil saiu com o troféu de campeão e a vaga para a Olimpíada na Grécia.
Já os norte-americanos amargaram apenas a quarta colocação e precisaram de um pré-olímpico para conseguirem carimbar o passaporte para Atenas.
O próximo duelo está marcado para o dia 23, quando será concluída a primeira fase do torneio de vôleio dos Jogos Olímpicos gregos. Até lá o Brasil já vai ter enfrentado Holanda, Rússia, Austrália e Itália. (MARIANA LAJOLO)



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