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No Brasil, o objetivo é comprar TVs
da Reportagem Local
Apesar da ofensiva esportiva
ter chamado a atenção, o principal interesse do fundo de investimento HMTF (Hicks, Muse, Tate & Furst) no Brasil é o
setor de telecomunicações.
Antes de ter feito o primeiro
negócio no país, a compra de
25% da TV Cidade -rede de
TV a cabo presente em 32 cidades-, o HMTF era cotado como possível comprador do
SBT, segundo canal no ranking
nacional de audiência.
Houve uma sondagem, mas
o investimento só será possível
quando for aprovada a lei que
possibilidade grupos estrangeiros a terem canais locais.
Já o último lance do HMTF
foi oferecer sociedade à Rede
Globo em um canal pan-americano de esporte, a um custo
total de US$ 500 milhões.
O grupo brasileiro se mostrou relutante com a proposta
por já ter um acordo semelhante com a Fox Sports.
De qualquer forma, com a
aquisição há dez dias de 49%
da agência de marketing Traffic (o valor da compra não foi
divulgado), o HMTF chegou à
TV aberta, afinal, no pacote de
compra veio a programação de
esporte da TV Bandeirantes.
Há ainda o receio de que o
HMTF esteja usando o Corinthians como barganha nas negociações com a Rede Globo.
O clube paulista foi o único
integrante do Clube dos 13
(grupo dos times mais populares do país) a recusar a renovação do contrato de televisionamento do Brasileiro com a Globo até 2004 e também se negou
a assinar um acordo para exibir
as partidas no exterior.
A compra de outros clubes (o
Cruzeiro é o primeiro da lista,
mas também há a possibilidade
de um acordo com São Paulo e
Grêmio) é interpretada como
um reforço na tática para o
HMTF entrar no mercado brasileiro. O primeiro revés, porém, aconteceu no Flamengo,
que acabou preferindo a proposta da empresa suíça ISL.
Com o Corinthians, o HMTF
já desembolsou US$ 25 milhões apenas em contratações.
Vieram os reforços Dida, João
Carlos, Luizão, César Prates,
Luiz Mário e Marcos Sena. Foram comprados os passes de
Vampeta e Edílson.
Além disso, contratou como
diretor o ex-técnico de vôlei José Roberto Guimarães.
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