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Seleção coloca tabu à prova já na quarta-feira
DO ENVIADO A BARRANQUILLA
A partir de hoje, quando começa a se preparar em Manaus para
o jogo de quarta-feira contra
Equador, o Brasil volta, pelo retrospecto, a ser um adversário invencível para os sul-americanos.
No calor amazonense, a seleção
terá a missão de manter o tabu de
nunca ter perdido como local na
histórias das eliminatórias.
No total, são 24 jogos como
mandante pelo classificatório,
com 19 vitórias e cinco empates.
Situação bem diferente da vivida nos últimos anos quando o time jogou fora de seus domínios.
Em nove participações -a partir
de 1954, sem contar as eliminatórias deste ano-, o Brasil soma oito derrotas. Tudo isso aconteceu
apenas nos últimos dez anos. Até
ser batido pela Bolívia em 1993, a
seleção nunca havia perdido.
Nenhuma seleção é tão letal jogando em casa como o Brasil na
América do Sul. A Argentina, por
exemplo, já viveu uma humilhante derrota para a Colômbia por 5 a
0 em Buenos Aires no qualificatório de 1994. Na Europa, as potências também já caíram em casa.
Vários itens aparecem como
justificativas para os tropeços brasileiros fora de casa. O primeiro é
a altitude -três das oito derrotas
foram em cidades com mais de
2.500 m de altura. Outro é a pressão dos torcedores -nas últimas
eliminatórias, o Brasil teve uma
das três maiores médias de público como visitante do planeta. Prova desse sucesso aconteceu ontem, quando os 47 mil ingressos
para o jogo contra a Colômbia foram vendidos e milhares de convidados estiveram no estádio.
Na quarta-feira, o time de Carlos Alberto Parreira vai enfrentar
um rival embalado. Depois de disputar em 2002 a sua primeira Copa, o Equador começou as eliminatórias com o pé direito -venceu a Venezuela no sábado.
"O empate da Argentina mostrou que nesta eliminatória ninguém vai ter moleza", disse Parreira, prevendo dificuldades.
Ronaldo foi mais otimista. "O
futebol que a gente mostrou nos
dá moral daqui pra frente. Acho
que o time convenceu", disse.
Para o segundo jogo do Brasil,
treinador poderá contar com Ronaldinho, que, suspenso, não pôde atuar ontem. O treinador novamente terá a sua disposição o
famoso quarteto dos Rs. Desde o
amistoso contra Portugal, no final
de março, a seleção não tem Roberto Carlos, Rivaldo, Ronaldo e
Ronaldinho na mesma partida.
Na partida contra os equatorianos, o Brasil disputará um jogo de
eliminatórias pela primeira vez
em Manaus. Lá, a CBF dará início
ao rodízio de sedes que planeja
-na maior parte da história, a seleção jogou o classificatório no
Rio e em São Paulo.
Em busca de torcedores menos
exigentes, além da possibilidade
de agradar aliados, o time vai correr o país. Em Manaus, novamente os comandados de Parreira terão que enfrentar um clima quente. Já o estádio Vivaldo Lima, reformulado recentemente, oferece
condições semelhantes às encontradas nos campos do Sul do
país.
(PC)
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