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São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2003

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Seleção coloca tabu à prova já na quarta-feira

DO ENVIADO A BARRANQUILLA

A partir de hoje, quando começa a se preparar em Manaus para o jogo de quarta-feira contra Equador, o Brasil volta, pelo retrospecto, a ser um adversário invencível para os sul-americanos. No calor amazonense, a seleção terá a missão de manter o tabu de nunca ter perdido como local na histórias das eliminatórias.
No total, são 24 jogos como mandante pelo classificatório, com 19 vitórias e cinco empates.
Situação bem diferente da vivida nos últimos anos quando o time jogou fora de seus domínios. Em nove participações -a partir de 1954, sem contar as eliminatórias deste ano-, o Brasil soma oito derrotas. Tudo isso aconteceu apenas nos últimos dez anos. Até ser batido pela Bolívia em 1993, a seleção nunca havia perdido.
Nenhuma seleção é tão letal jogando em casa como o Brasil na América do Sul. A Argentina, por exemplo, já viveu uma humilhante derrota para a Colômbia por 5 a 0 em Buenos Aires no qualificatório de 1994. Na Europa, as potências também já caíram em casa.
Vários itens aparecem como justificativas para os tropeços brasileiros fora de casa. O primeiro é a altitude -três das oito derrotas foram em cidades com mais de 2.500 m de altura. Outro é a pressão dos torcedores -nas últimas eliminatórias, o Brasil teve uma das três maiores médias de público como visitante do planeta. Prova desse sucesso aconteceu ontem, quando os 47 mil ingressos para o jogo contra a Colômbia foram vendidos e milhares de convidados estiveram no estádio.
Na quarta-feira, o time de Carlos Alberto Parreira vai enfrentar um rival embalado. Depois de disputar em 2002 a sua primeira Copa, o Equador começou as eliminatórias com o pé direito -venceu a Venezuela no sábado.
"O empate da Argentina mostrou que nesta eliminatória ninguém vai ter moleza", disse Parreira, prevendo dificuldades.
Ronaldo foi mais otimista. "O futebol que a gente mostrou nos dá moral daqui pra frente. Acho que o time convenceu", disse.
Para o segundo jogo do Brasil, treinador poderá contar com Ronaldinho, que, suspenso, não pôde atuar ontem. O treinador novamente terá a sua disposição o famoso quarteto dos Rs. Desde o amistoso contra Portugal, no final de março, a seleção não tem Roberto Carlos, Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho na mesma partida.
Na partida contra os equatorianos, o Brasil disputará um jogo de eliminatórias pela primeira vez em Manaus. Lá, a CBF dará início ao rodízio de sedes que planeja -na maior parte da história, a seleção jogou o classificatório no Rio e em São Paulo.
Em busca de torcedores menos exigentes, além da possibilidade de agradar aliados, o time vai correr o país. Em Manaus, novamente os comandados de Parreira terão que enfrentar um clima quente. Já o estádio Vivaldo Lima, reformulado recentemente, oferece condições semelhantes às encontradas nos campos do Sul do país. (PC)


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