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São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2003

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Time de Parreira só faz sete faltas, joga bem na fase inicial, mas vence após a entrada dos reservas Kaká e Renato

Leal, equipe decola com a segunda opção

Ricardo Mazalan/Associated Press
Cafu (à esq.), capitão da seleção brasileira, recebe a marcação do defensor colombiano Yepes na partida marcada pelo baixo número de faltas do Brasil, apenas sete


DO ENVIADO A BARRANQUILLA

Com a segunda opção do treinador Carlos Alberto Parreira -Renato e Kaká em campo-, a seleção decolou e assegurou a vitória contra a Colômbia.
O time chegou aos 2 a 1 dois minutos depois de a dupla ter entrado em lugar de Emerson e Alex, que haviam treinado durante a semana em Teresópolis na equipe principal e iniciado a partida de ontem como titulares.
O gol da vitória foi assinalado por Kaká, aos 16min da fase final, que anotou ao receber passe de Ronaldo. Renato, que entrara com ele, ainda não havia sido acionado quando Kaká marcou.
Nos últimos 35 minutos de jogo, com a dupla em campo, o Brasil, que já vinha sendo superior aos colombianos, passou a ter amplo domínio e perdeu pelo menos três belas chances para ampliar.
Além da vitória e da boa atuação, a equipe saiu de Barranquilla com a marca da ""lealdade". Segundo o Datafolha, o time cometeu só sete faltas durante todo o jogo, sua menor marca no ano.
Antes da estréia nas eliminatórias, a partida em que a seleção tinha cometido menos faltas fora contra a Nigéria -amistoso preparatório para a Copa das Confederações em que fez 13 faltas.
No primeiro tempo, a equipe de Parreira cometeu apenas uma, com Zé Roberto, tendo feito as outras seis na fase final.
Já a Colômbia cometeu 15 na primeira etapa e dez na segunda, totalizando 25. Na Copa de 2002, a seleção brasileira, então dirigida por Scolari, fez em média 15,1 faltas por jogo e sofreu 16,7.
Ontem, depois de um início equilibrado, os brasileiros exploraram especialmente o lado esquerdo, com Roberto Carlos e Zé Roberto, para pressionar o rival.
O time da casa entrou em campo recuado, tentando congestionar o meio-de-campo e deixando apenas Angel adiantado -por opção do técnico, o atacante Aristizábal ficou no banco.
Aos 23min, o Brasil abriu o placar. Roberto Carlos tocou para Zé Roberto, que cruzou para trás. Rivaldo deixou a bola passar, e Ronaldo, com precisão, chutou para fazer 1 a 0. Dezesseis minutos depois, quando a seleção parecia dona da partida e criava as melhores chances de gol, Grisales avançou pela direita e cruzou. Lúcio foi mal no lance e deixou Angel tocar de cabeça e empatar.
Com o empate, os colombianos, empurrados pela torcida, chegaram a crescer em campo e passaram a ameaçar o gol de Dida.
No segundo tempo, porém, a Colômbia reduziu o ritmo, e o Brasil, a partir da entrada de Kaká e Renato, foi com tudo para o ataque e definiu a partida.
Na saída do gramado, o resultado foi muito comemorado pelos jogadores, que consideraram de extrema importância a estréia com uma vitória fora de casa.
""É muito importante começar bem as eliminatórias. Não queremos sofrer como antes", disse Gilberto Silva, em relação à má campanha no torneio passado, quando o Brasil só garantiu vaga para a Copa-2002 na última rodada.
""O bom é que uma vitória logo na estréia dá moral para o futuro", endossou Ronaldo. ""O que sei é que o time convenceu." (PAULO COBOS)


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