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FUTEBOL
Para atletas, forma de jogar explica má performance do time na defesa
São Paulo assume estilo de jogo com risco calculado
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Levar 33 gols. Um risco calculado, inerente ao estilo de jogo da
equipe e que é compensado pela
performance do melhor ataque
do campeonato, com 53 marcados. É assim que jogadores e técnico do São Paulo encaram o alto
número de tentos sofridos neste
Campeonato Brasileiro.
Apesar de apontarem que ainda
há falhas a serem corrigidas no setor defensivo, os são-paulinos não
se dizem surpresos ou decepcionados por terem uma das defesas
menos eficientes do Nacional.
"Por ser um time bastante
agressivo no ataque, a gente acaba
ficando exposto", analisou o zagueiro Jean, que por ter pego três
partidas de suspensão (uma já
cumprida) só voltará a jogar na
primeira rodada das quartas-de-final do Brasileiro. Para o zagueiro, "é bom jogar num time em
que há jogadores que desequilibram, mas há muitos erros que
tem de ser corrigidos para que
não prejudiquem na fase final".
Opiniões semelhantes têm os laterais Gustavo Nery e Gabriel,
atletas com função de marcar,
mas que se destacam mais por
suas atuações ofensivas.
O desempenho defensivo do
São Paulo se assemelha mais ao de
equipes ameaçadas de rebaixamento do que ao de seus pares no
topo da tabela.
Botafogo, Gama e Internacional, candidatos a estar na Série B
no ano que vem, são times que até
ontem haviam sofrido 33 gols
neste Nacional, como o São Paulo.
Desses três clubes, apenas o Botafogo jogou menos vezes que o time do Morumbi na competição.
Já entre os oito mais bem colocados do Brasileiro, somente o
Atlético-MG, que jogaria ontem
com o Coritiba, já foi mais vazado: levou 34 gols em 21 jogos.
"Tem havido muitas mudanças
na defesa. E qual é o setor que menos foi alterado no time? O ataque", compara o técnico Oswaldo
de Oliveira, tentando explicar o
motivo de performances tão distintas entre o ataque e a defesa de
seu time no Brasileiro.
Oliveira diz ainda que em algumas partidas é impossível conter
o ímpeto ofensivo da equipe em
prol de um melhor desempenho
na defesa. "Nos jogos contra o
Vasco e contra o Santos não
adiantava ficar atrás."
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