São Paulo, sexta-feira, 08 de novembro de 2002

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FUTEBOL

Para atletas, forma de jogar explica má performance do time na defesa

São Paulo assume estilo de jogo com risco calculado

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Levar 33 gols. Um risco calculado, inerente ao estilo de jogo da equipe e que é compensado pela performance do melhor ataque do campeonato, com 53 marcados. É assim que jogadores e técnico do São Paulo encaram o alto número de tentos sofridos neste Campeonato Brasileiro.
Apesar de apontarem que ainda há falhas a serem corrigidas no setor defensivo, os são-paulinos não se dizem surpresos ou decepcionados por terem uma das defesas menos eficientes do Nacional.
"Por ser um time bastante agressivo no ataque, a gente acaba ficando exposto", analisou o zagueiro Jean, que por ter pego três partidas de suspensão (uma já cumprida) só voltará a jogar na primeira rodada das quartas-de-final do Brasileiro. Para o zagueiro, "é bom jogar num time em que há jogadores que desequilibram, mas há muitos erros que tem de ser corrigidos para que não prejudiquem na fase final".
Opiniões semelhantes têm os laterais Gustavo Nery e Gabriel, atletas com função de marcar, mas que se destacam mais por suas atuações ofensivas.
O desempenho defensivo do São Paulo se assemelha mais ao de equipes ameaçadas de rebaixamento do que ao de seus pares no topo da tabela.
Botafogo, Gama e Internacional, candidatos a estar na Série B no ano que vem, são times que até ontem haviam sofrido 33 gols neste Nacional, como o São Paulo. Desses três clubes, apenas o Botafogo jogou menos vezes que o time do Morumbi na competição.
Já entre os oito mais bem colocados do Brasileiro, somente o Atlético-MG, que jogaria ontem com o Coritiba, já foi mais vazado: levou 34 gols em 21 jogos.
"Tem havido muitas mudanças na defesa. E qual é o setor que menos foi alterado no time? O ataque", compara o técnico Oswaldo de Oliveira, tentando explicar o motivo de performances tão distintas entre o ataque e a defesa de seu time no Brasileiro.
Oliveira diz ainda que em algumas partidas é impossível conter o ímpeto ofensivo da equipe em prol de um melhor desempenho na defesa. "Nos jogos contra o Vasco e contra o Santos não adiantava ficar atrás."



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