São Paulo, sexta-feira, 08 de novembro de 2002

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FUTEBOL

Equipe joga bem, atinge 3º posto na tabela e está virtualmente classificada para as quartas-de-final do Brasileiro

Corinthians ascende após golear a Lusa

Marcelo Alves/Futura Press
Atletas do Corinthians, que assumiu a terceira posição no Brasileiro, comemoram um dos cinco gols marcados ontem contra a Lusa


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians esteve iluminado ontem e goleou a Lusa por 5 a 2 naquele que foi batizado de clássico da fé. Está agora virtualmente no céu (as quartas-de-final).
Com 41 pontos, o time do técnico Carlos Alberto Parreira, que goleou pela primeira vez no torneio e enfim venceu um clássico, agora encosta no São Caetano e promete brigar com o São Paulo pela primeira posição do Brasileiro. Já o milagre da classificação acabou para a equipe do Canindé, que sente o inferno do rebaixamento, com 27 pontos.
O padre Marcelo Rossi, que foi ao treino corintiano anteontem e deu até preleção ao time, tratou de abençoar as duas equipes nos vestiários -dirigentes da Lusa entenderam que o padre-cantor deu mais atenção ao Corinthians do que à equipe de Edu Marangon. Acabaram fazendo Rossi orar pelo time também antes do jogo.
No gramado, de novo o padre apareceu. Tentou puxar um coro, mas os fiéis torcedores corintianos não ajudaram muito. Depois deu o pontapé inicial do jogo.
O Corinthians foi o senhor da partida. Disposto a não cometer os pecados que teve contra o Fluminense, pressionou o rival. A goleada tem explicação no número de finalizações do time de Parreira. Foram 21 no total. No Brasileiro, a média do Corinthians é de 12,3 finalizações por jogo.
Não adiantou a Lusa rezar por Ricardo Oliveira. O atacante, contundido, ficou fora, e Bosco, goleiro que praticou alguns milagres, cumpriu suspensão.
Edu Marangon, então, protegeu o time com três zagueiros e quatro volantes, mas não foi suficiente. O time mal conseguia contra-atacar. Os zagueiros faziam ligação direta com o ataque na base do "seja o que Deus quiser".
O primeiro gol corintiano saiu aos 28min. Renato avançou pela esquerda e serviu Deivid. O atacante tocou com tranquilidade para o gol. O segundo também saiu pela esquerda. Guilherme recebeu, desta vez em boa posição, e surpreendeu Moretto com um chute meio espírita -a bola subiu e caiu de repente no gol.
Parecia não haver salvação para a Lusa. Marangon colocou Éder ainda no primeiro tempo e foi crucificado por parte da torcida com gritos de burro. Éder entrou e, aos 41min, chutou da entrada da área de canhota para vencer Doni. Ajoelhou na comemoração.
No segundo tempo, o calvário continuou. Kléber cruzou na medida para Guilherme cabecear no canto esquerdo de Moretto.
Na sequência, Kléber fez pênalti em Alex Alves. O atacante da Lusa foi cobrar, e a torcida pediu ao padre Marcelo Rossi, em posição de destaque na tribuna, que rezasse para a bola não entrar. Gol.
Os 3 a 2 era uma glória para a equipe do Canindé, mas o Corinthians não teve piedade. Deivid acertou uma bomba de fora da área no ângulo. Depois, Gil deu a Guilherme o quinto.
Vampeta e Kléber, usando a malandragem, fizeram pequenas infrações no final do jogo e receberam cartão amarelo -não jogam contra o Botafogo, no final de semana, pois estão suspensos.



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