São Paulo, sexta-feira, 08 de dezembro de 2006

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"Gato" do Figueirense põe culpa no empresário

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

O volante Carlos Alberto, do Figueirense, acusou o empresário Joacyr de Oliveira Tomaz de ser o responsável por fraudar a sua idade em cinco anos.
Em depoimento ao delegado Fábio Galvão, da Polícia Federal, o jogador disse que foi convencido a adulterar seus documentos em 1999. A proposta foi feita por Tomaz após ele assistir a uma partida na várzea em Rio Bonito, cidade distante 74 km da capital fluminense.
De acordo com o depoimento de Carlos Alberto ao chefe do setor de investigação da Delegacia de Imigração no Rio, Tomaz teria dito ao volante que a fraude da documentação o ajudaria a encontrar um clube.
No mês passado, a Folha revelou que Carlos Alberto é "gato", gíria usada para identificar atleta com idade adulterada. Campeão mundial sub-20 nos Emirados Árabes, em 2003, ele disputou a competição com 25 anos, um recorde nas fraudes de atletas que jogaram competições oficiais por seleções brasileiras. No dia seguinte à veiculação da reportagem, o atleta confessou a adulteração.
Procurado pela Folha, o empresário não foi localizado ontem para comentar o depoimento de Carlos Alberto. Ele trabalhava com o jogador até a publicação da reportagem.
O delegado disse que vai intimar o empresário a depor no inquérito até o final do mês.
O volante do Figueirense, que confirmou a adulteração dos documentos no depoimento, será indiciado por falsidade ideológica, segundo o delegado da Polícia Federal. A pena prevista para o caso é de um a cinco anos de prisão. No entanto, caso seja condenado, o jogador deverá ter a pena convertida em uma punição alternativa.
Na semana que vem, o STJD deve julgá-lo. Na primeira instância da Justiça Desportiva, ele foi suspenso por 360 dias.


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