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"Gato" do Figueirense põe culpa no empresário
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
O volante Carlos Alberto, do
Figueirense, acusou o empresário Joacyr de Oliveira Tomaz
de ser o responsável por fraudar a sua idade em cinco anos.
Em depoimento ao delegado
Fábio Galvão, da Polícia Federal, o jogador disse que foi convencido a adulterar seus documentos em 1999. A proposta foi
feita por Tomaz após ele assistir a uma partida na várzea em
Rio Bonito, cidade distante 74
km da capital fluminense.
De acordo com o depoimento
de Carlos Alberto ao chefe do
setor de investigação da Delegacia de Imigração no Rio, Tomaz teria dito ao volante que a
fraude da documentação o ajudaria a encontrar um clube.
No mês passado, a Folha revelou que Carlos Alberto é "gato", gíria usada para identificar
atleta com idade adulterada.
Campeão mundial sub-20 nos
Emirados Árabes, em 2003, ele
disputou a competição com 25
anos, um recorde nas fraudes
de atletas que jogaram competições oficiais por seleções brasileiras. No dia seguinte à veiculação da reportagem, o atleta
confessou a adulteração.
Procurado pela Folha, o empresário não foi localizado ontem para comentar o depoimento de Carlos Alberto. Ele
trabalhava com o jogador até a
publicação da reportagem.
O delegado disse que vai intimar o empresário a depor no
inquérito até o final do mês.
O volante do Figueirense,
que confirmou a adulteração
dos documentos no depoimento, será indiciado por falsidade
ideológica, segundo o delegado
da Polícia Federal. A pena prevista para o caso é de um a cinco anos de prisão. No entanto,
caso seja condenado, o jogador
deverá ter a pena convertida
em uma punição alternativa.
Na semana que vem, o STJD
deve julgá-lo. Na primeira instância da Justiça Desportiva,
ele foi suspenso por 360 dias.
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