São Paulo, terça, 8 de dezembro de 1998

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BASQUETE
Ala do Mackenzie-Microcamp foi cestinha do Sírio na conquista contra a Francana
Oscar busca 1ª final paulista desde 79

LUÍS CURRO
da Reportagem Local

Após duas décadas, Oscar Schmidt, 40, cestinha do Paulista masculino de basquete, com média de 32,1 pontos marcados por partida, tem a chance de voltar a decidir o campeonato estadual.
Isso caso o Mackenzie-Microcamp, sua atual equipe, derrote o COC/Ribeirão, hoje, às 20h30, em Barueri (Grande São Paulo).
Em vantagem por 2 a 1 no playoff semifinal (melhor-de-cinco), mesmo que perca, o time vai à final se ganhar a quinta partida, amanhã.
A última decisão paulista disputada por Oscar foi no campeonato de 1979, quando o Sírio derrotou a Francana na final (96 a 94).
Depois dessa conquista, o Sírio não mais alcançou a decisão paulista até Oscar, em 1982, se transferir para o basquete italiano.
De volta ao Brasil apenas em 1995, depois de também jogar na Espanha, o cestinha defendeu Corinthians e Banco Bandeirantes sem alcançar finais estaduais -ganhou o Brasileiro de 1996.
"Estou morrendo de vontade de ganhar de novo, vou dar o máximo de mim, mas do outro lado há adversários fortes", afirmou Oscar.
Então com 21 anos, ele foi o herói do Sírio na decisão de 1979.
No jogo derradeiro, que só aconteceu em 25 de janeiro de 1980, em quadra neutra, em Araraquara, ele foi o cestinha da partida.
"Foi a negra, e ganhamos de dois pontos. Fiz 40 pontos. Sei porque tenho recortes", afirma ele. "Perto do fim do jogo, a Francana encostou, mas fiz duas cestas seguidas."
Oscar lembra-se também da confusão que houve após a partida -com o troféu do Sírio sendo derrubado no chão e o pivô Marquinhos atirando uma garrafa, que atingiu um adolescente, na direção dos torcedores de Franca. "Teve briga de torcida depois do jogo."
O jogador do Mackenzie cita as diferenças do basquete da década de 70 para o da década de 90. "Não havia cestas de três pontos, e hoje há mais equilíbrio entre os times."
Especialista no arremesso longo, Oscar diz que 20 anos atrás gostava de arremessar mais de perto, "de três, quatro metros (de distância da cesta), da lateral".
A linha de três pontos fica a 6,25 m de distância do aro.
Para ele, principalmente devido ao longo período na Europa, o Oscar de 98 é melhor que o de 79. "Evoluí 300% jogando na Europa. Lá, punha minha carreira em jogo todos os dias. Era pressão da equipe, da cidade, dos jornalistas. E só se melhora sob pressão."
O vencedor da série entre Mackenzie e COC pega na decisão do Paulista o ganhador do confronto entre Marathon/Franca e Valtra/ Mogi, que lidera por 2 jogos a 1.
O quarto jogo é hoje, em Franca.



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