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BASQUETE
Ala do Mackenzie-Microcamp foi cestinha do Sírio na conquista contra a Francana
Oscar busca 1ª final paulista desde 79
LUÍS CURRO
da Reportagem Local
Após duas décadas, Oscar
Schmidt, 40, cestinha do Paulista
masculino de basquete, com média de 32,1 pontos marcados por
partida, tem a chance de voltar a
decidir o campeonato estadual.
Isso caso o Mackenzie-Microcamp, sua atual equipe, derrote o
COC/Ribeirão, hoje, às 20h30, em
Barueri (Grande São Paulo).
Em vantagem por 2 a 1 no playoff
semifinal (melhor-de-cinco), mesmo que perca, o time vai à final se
ganhar a quinta partida, amanhã.
A última decisão paulista disputada por Oscar foi no campeonato
de 1979, quando o Sírio derrotou a
Francana na final (96 a 94).
Depois dessa conquista, o Sírio
não mais alcançou a decisão paulista até Oscar, em 1982, se transferir para o basquete italiano.
De volta ao Brasil apenas em
1995, depois de também jogar na
Espanha, o cestinha defendeu Corinthians e Banco Bandeirantes
sem alcançar finais estaduais
-ganhou o Brasileiro de 1996.
"Estou morrendo de vontade de
ganhar de novo, vou dar o máximo
de mim, mas do outro lado há adversários fortes", afirmou Oscar.
Então com 21 anos, ele foi o herói
do Sírio na decisão de 1979.
No jogo derradeiro, que só aconteceu em 25 de janeiro de 1980, em
quadra neutra, em Araraquara, ele
foi o cestinha da partida.
"Foi a negra, e ganhamos de dois
pontos. Fiz 40 pontos. Sei porque
tenho recortes", afirma ele. "Perto
do fim do jogo, a Francana encostou, mas fiz duas cestas seguidas."
Oscar lembra-se também da confusão que houve após a partida
-com o troféu do Sírio sendo derrubado no chão e o pivô Marquinhos atirando uma garrafa, que
atingiu um adolescente, na direção
dos torcedores de Franca. "Teve
briga de torcida depois do jogo."
O jogador do Mackenzie cita as
diferenças do basquete da década
de 70 para o da década de 90. "Não
havia cestas de três pontos, e hoje
há mais equilíbrio entre os times."
Especialista no arremesso longo,
Oscar diz que 20 anos atrás gostava
de arremessar mais de perto, "de
três, quatro metros (de distância
da cesta), da lateral".
A linha de três pontos fica a 6,25
m de distância do aro.
Para ele, principalmente devido
ao longo período na Europa, o Oscar de 98 é melhor que o de 79.
"Evoluí 300% jogando na Europa.
Lá, punha minha carreira em jogo
todos os dias. Era pressão da equipe, da cidade, dos jornalistas. E só
se melhora sob pressão."
O vencedor da série entre Mackenzie e COC pega na decisão do
Paulista o ganhador do confronto
entre Marathon/Franca e Valtra/
Mogi, que lidera por 2 jogos a 1.
O quarto jogo é hoje, em Franca.
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