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Mulheres minguam na equipe olímpica
Brasileiras são, até agora, um terço da delegação; em Atenas, eram a metade
Atletismo e natação tinham 25 representantes há quatro
anos, na Grécia; até agora, são apenas seis garantidas
na Olimpíada de Pequim
FABIO GRIJÓ
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Elas representavam quase a
metade e, até agora, se transformaram em um terço no caminho até Pequim-2008.
Pelas vagas obtidas até agora,
as mulheres terão participação
menor na delegação olímpica
brasileira para os Jogos.
Segundo o COB (Comitê
Olímpico Brasileiro), dos 155
atletas classificados, 51 são do
sexo feminino, ou 33% do total.
Em Atenas-2004, o Brasil registrou seu recorde feminino
numa Olimpíada. Elas respondiam por 122; eles, por 125. As
mulheres eram 49% da delegação nacional na capital grega.
No final de janeiro de 2004, o
país tinha 88 brasileiras garantidas em Atenas e 84 homens.
Para Pequim, 12 esportes já
contam com as atletas do país.
Há quatro anos, 21 tinham as
representantes nacionais.
Basquete e futebol têm duros
classificatórios pela frente.
Modalidades que, tradicionalmente, levam mais atletas
aos Jogos, atletismo e natação
minguaram até agora com elas.
Nas pistas, foram 17 há quatro anos. Agora, cinco conseguiram o índice A estabelecido
pela confederação.
Nas piscinas, apenas Flávia
Delarolli obteve índice. Oito
nadadoras estiveram presentes
em 2004, quando Joanna Maranhão conquistou o melhor
resultado nacional da natação
naquela edição da Olimpíada: o
quinto lugar nos 400 m medley.
O número poderia ser maior
se não fosse o caso de doping de
Rebeca Gusmão. Ela fez o índice no Pan do Rio, em julho passado. Também ajudou os revezamentos 4 x 100 m livre e 4 x
100 m medley a abocanhar vagas. Mas o positivo nos exames
respingou no time. As marcas
foram anuladas, e os revezamentos ficaram longe de Pequim. Rebeca está suspensa.
"O caso da Rebeca foi um balde de água fria", fala Ricardo de
Moura, diretor técnico da
CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos).
"Ficou mais difícil alcançarmos
as vagas nos revezamentos."
Dezesseis equipes se classificam. Com os tempos de Rebeca
no 4 x 100 m livre e no 4 x 100 m
medley estabelecidos no Pan, o
Brasil estaria dentro. Sem essas
marcas, o país aparece em 21º
no ranking mundial nas provas.
"Acho que isso é um ciclo natural da natação. O masculino
atingiu um clímax", diz Coaracy Nunes, presidente da
CBDA, que criou programas de
treinamento específico para
Thiago Pereira, César Cielo e
Kaio Márcio, as principais
apostas de pódio em Pequim.
Mesmo esportes assegurados
na Olimpíada não vivem bom
momento. O handebol faturou
vaga ao ser tricampeão do Pan.
Cinco meses depois, chegou ao
Mundial como candidato a zebra -a seleção tinha sido sétima em 2005. Porém o desempenho ficou abaixo do esperado. O time acabou o Mundial-2007 na 14ª posição.
O vôlei aportou em Atenas
com o título daquele ano do
Grand Prix, a terceira competição mais importante da modalidade. No GP de 2007, as comandadas de José Roberto
Guimarães ficaram em quinto.
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